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Recursos vêm da Petrobras e do BNDES; artes cênicas levam maior verba
MinC libera R$ 57 mi para dez projetos
PEDRO SOARES
LUCIANA BRAFMAN
DA SUCURSAL DO RIO
Com recursos da Petrobras e do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o MinC (Ministério da Cultura) anunciou ontem patrocínios culturais de R$ 57 milhões a
projetos selecionados por comissões em editais públicos ou escolhidos diretamente.
O BNDES também anunciou a
liberação de R$ 20 milhões em recursos para o novo Programa de
Patrocínio à Preservação do Patrimônio Histórico Brasileiro.
"É um belo presente de Papai
Noel para a cultura brasileira, que,
ao lado da biodiversidade, é a
maior riqueza do Brasil", disse o
ministro da Cultura, Gilberto Gil.
Do total, a Petrobras entrará
com R$ 37 milhões, "graças a seu
maior lucro nos últimos anos",
segundo Gil. Os R$ 20 milhões
restantes virão do BNDES.
Foram selecionados dez projetos, seis deles por editais públicos.
O maior deles é o edital para a seleção de projetos de produção de
música erudita, que receberá R$ 3
milhões. O Documenta Brasil,
voltado para a produção de documentários, terá R$ 2,5 milhões.
Iniciativa inédita, o programa
de Valorização e Promoção da
Capoeira receberá R$ 2 milhões.
O mesmo valor será destinado à
seleção de Valorização e Fomento
de Culturas Indígenas.
De escolha direta -ou seja, que
não passa por seleção de uma comissão técnica-, o projeto de artes cênicas terá um orçamento de
R$ 13 milhões, o maior de todos as
iniciativas divulgadas ontem.
O dinheiro irá para os prêmios
Myriam Muniz de Teatro e Klauss
Vianna de Dança, que selecionarão 232 projetos para a produção
de espetáculos e apoio a grupos
profissionais.
Ainda de modo voluntário, o
MinC apoiará com recursos das
duas estatais os projetos de reforma, recuperação e modernização
da Biblioteca Nacional (R$ 1,5 milhão) e do Museu Nacional de Belas Artes (R$ 3,5 milhões), ambos
no Rio. Receberá, também de forma direta, R$ 3 milhões o projeto
Teia-Encontro Cultura, Educação, Cidadania e Economia Solidária. Trata-se do primeiro encontro nacional de grupos e manifestações que aliam cultura e cidadania.
Patrimônio histórico
Os R$ 20 milhões do BNDES para o novo Programa de Patrocínio
à Preservação do Patrimônio Histórico Brasileiro representam o
dobro do liberado no ano passado
pelo banco e equivalem a 7% de
todo o orçamento deste ano da
pasta da Cultura (R$ 285 milhões). Para 2006, o BNDES prevê
gastar pelo menos mais R$ 20 milhões com o programa.
O objetivo é associar a preservação do patrimônio histórico com
o desenvolvimento local. Para o
biênio 2005-2206, Olinda, Ouro
Preto e Rio de Janeiro foram escolhidas cidades-pólo do projeto.
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