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São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

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CRÍTICA

Forte e frágil, parceria de pai e filho norteia CD

DA REPORTAGEM LOCAL

Da desigualdade da parceria entre pai e filho, João Bosco recolhe para seu novo disco ambiguidade, trunfo e fragilidade. As trocas possíveis de personagem em "Não Me Arrependo de Nada" e "Cinema Cidade" fazem-nas vitais e inconvincentes ao mesmo tempo. A faixa-título, bela e socialmente engajada, se traduz inconformada e conformista, dependendo da boca da qual se ouçam seus apelos.
Num disco em que apenas as faixas mais lentas denotam algum cansaço, a inquietude do filho é que dá vida nova ao pai, afinal. E há vida nova, é certo.
Ela explode em "Distâncias". Reverente à tradição do conterrâneo e mestre Ary Barroso de "Aquarela do Brasil", a faixa inverte seu sentido. Sem ufanismo, louva "verdes matas" e "céu de anil" para afirmar, de dentro do Brasil: "Que saudade do Brasil". João e Francisco falam juntos, numa só voz.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)


Malabaristas do Sinal Fechado
   
Artista: João Bosco
Lançamento: Sony
Quanto: R$ 29, em média



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