ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

O jornal norte-americano "The Washingon Post" anunciou, na última quarta-feira, que quem pensava que a onda da "reality TV" tinha passado se enganou.
Em sua estréia, na última semana, a quarta edição de "American Idol", programa norte-americano que é a matriz do brasileiro "Fama", deixou mais de 34 milhões de norte-americanos ligados na tela durante duas horas.
Hoje à noite, os brasileiros poderão checar se realmente há motivos para tanto fascínio. O canal Sony leva ao ar, às 19h, a nova temporada do programa, que em outras edições recebeu cinco Prêmios Emmy e teve recordes de audiência.
Na busca pela idolatria da nação norte-americana, os candidatos de "American Idol" devem ganhar a simpatia de jurados como a atriz, cantora e coreógrafa de Michael Jackson Paula Abdul, do produtor e vencedor de Grammy Randy Jackson e do executivo da BMG Simon Cowell que, segundo o site do canal Sony, tem "o poder de criar ou destruir gravações". A promessa é que esses jurados digam o que pensam sem o menor constrangimento.
Isso é o que vamos ver de verdade. A certa altura do programa, Paula Abdul pergunta a uma participante se ela já ouviu falar em dublagens. Insistentemente diz que é um ótimo setor, que a moça não pode imaginar como é rentável fazer comerciais dublando, por exemplo, ratos.
Simon Cowell também prova que o show pode valer pelos próprios jurados. Na primeira temporada, declarou não gostar "mais de música". Se os candidatos são tão ruins assim, "American Idol" pode valer como pastelão. Para o presidente de entretenimento da Fox, Gail Berman, só há uma explicação para o sucesso da série: o "Idol" é o único "reality" top de linha dos EUA que, assim como o "Big Brother Brasil", dá poder ao público para escolher quem vence. "Apesar de soar brega, "Idol" é um show do povo", afirmou ao "Washington Post".