São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice NAS LOJAS Rock FIRST, LOST AND ALWAYS    HANG THE SUPERSTARS Suas músicas têm letras simplórias, algumas são até bem estúpidas (como "Evil Machine"), mas escrever como Morrissey ou Neil Young não é o propósito de ninguém no Hang the Superstars. O que interessa para esta banda de Goiânia -com letras todas em inglês- são canções rápidas, de pouco mais de dois minutos, melódicas, que vão do punk à new wave. POR QUE OUVIR: porque o álbum é todo ele bem animado, rápido, e os backing vocals femininos são um feliz apoio. "Into the Sound", "Dogs Shout" e "Here's Not London" são especialmente divertidas, e mostram um grupo acima da média. (THIAGO NEY) GRAVADORA: Monstro (www.monstrodiscos.com.br). QUANTO: R$ 15, em média. Samba COTIDIANO    LEANDRO SAPUCAHY Produtor e instrumentista, Leandro Sapucahy estréia como cantor apostando na fusão do samba com o hip hop, na linha de Marcelo D2 -que, aliás, participa do CD, assim como os músicos Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. Sua voz e algumas faixas do disco têm qualidade, mas a temática única (desigualdade social, violência) e a fragilidade de muitas composições, que apelam para o clichê, tornam o álbum "Cotidiano" cansativo. POR QUE OUVIR: em músicas boas como "Nunca Cidade Muito Longe Daqui", de Arlindo Cruz, Franco e Acyr Marques, o cantor Leandro Sapucahy mostra que tem potencial como intérprete. (LUIZ FERNANDO VIANNA) GRAVADORA: Warner. QUANTO: R$ 30, em média. Rock SIBERIA    ECHO AND THE BUNNYMEN O maior mérito do nono disco do Echo é justamente seu maior defeito. Novamente trabalhando com o produtor Hugh Jones, do ótimo disco "Heaven Up Here" (1981), a banda tenta desesperadamente soar como o Echo dos tempos áureos (anos 80). E mesmo que músicas como "Stormy Weather" e "What if We Are?" cheguem perto dessa intenção, o álbum não recupera o maior trunfo do grupo, que era fazer refrãos e riffs memoráveis. Ficam, assim, no meio do caminho. Mas eles nunca seriam capazes de gravar um álbum ruim; trata-se apenas de uma banda que está aposentada e na ativa ao mesmo tempo. POR QUE OUVIR: porque a guitarra de Will Sergeant e a voz de Ian McCulloch continuam afiadas -ao menos em estúdio. (BYS) GRAVADORA: Indie Records. QUANTO: R$ 32, em média. Heavy Metal (DVD) DEATH ON THE ROAD    IRON MAIDEN Esta caixa com três DVDs dos velhos representantes do heavy metal britânico contém uma arapuca que só serve para encarecê-la: dois dos discos têm o mesmo material (um show em Dortmund, Alemanha), só que registrado em dois sistemas de som distintos. O espetáculo parte da turnê do último disco de inéditas da banda, "Dance of Death" (2003), mostra a Donzela tocando seus velhos hits ("Run to the Hills", "The Number of the Beast" etc.) misturados às novas canções (como "Journeyman") em um cenário teatral, como de praxe. POR QUE VER: A caixa vale mais pelo disco de extras, que mostra a gravação do último álbum e a preparação da turnê, com entrevistas nas quais se destaca a ironia do guitarrista Adrian Smith. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO) GRAVADORA: EMI. QUANTO: R$ 85, em média. Texto Anterior: Rock/Crítica: "Boys Don't Cry" antevê gótico do Cure Próximo Texto: Última Moda: Liberdade sem delírio Índice

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