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Veteranos carismáticos dão suporte a galã fraco
da Reportagem Local
Há seis meses, "O Homem da
Máscara de Ferro" teria uma boa
acolhida nos cinemas, porque é
uma eficiente aventura, apesar do
suposto anacronismo do gênero
capa-e-espada.
Agora, depois da onda gigantesca gerada por "Titanic", um novo filme com Leonardo DiCaprio
ganha ares de futuro campeão de
bilheteria. Mas o astro não ajuda.
DiCaprio trabalha em dobro, interpretando o perverso rei Luís,
que governa a França com opressão, e seu irmão gêmeo Felipe,
preso há seis anos nas masmorras
com uma máscara de ferro escondendo seu rosto.
Para libertar Felipe e ajudá-lo a
tirar o irmão do trono, o livro clássico de Alexandre Dumas resgata
os heróis da obra mais famosa do
autor, os três mosqueteiros, agora
velhos e aposentados.
O quarto e mais jovem dos mosqueteiros, D'Artagnan, é o atual
chefe da guarda e jura lealdade a
Felipe. Athos, Porthos e Aramis
precisam enfrentar o ex-companheiro para cumprir sua missão.
A trama mistura romance, comédia e ação com maestria. Apesar de alguns tropeços na direção,
o espectador é conduzido a um clímax que chega a emocionar. Mas
o tom do filme é dado pelos atores
principais, um deles jovem e totalmente despreparado, os outros
quatro veteranos e talentosos.
DiCaprio não sai da caricatura,
seja "bonzinho" ou "malvado".
Seu confuso desempenho é ofuscado pela constelação que interpreta os mosqueteiros: Jeremy
Irons, John Malkovich, Gérard
Depardieu e Gabriel Byrne.
Quando um dos mosqueteiros
está em cena, o filme flui com agilidade, seduz o espectador. Se DiCaprio fica abandonado ao lado
dos coadjuvantes, a coisa desanda.
Fãs do galã vão adorar, mas fãs
de bom cinema têm motivos melhores para apreciar "O Homem
da Máscara de Ferro".
(TM)
Filme: O Homem da Máscara de Ferro
Produção: EUA, 1998
Direção: Randall Wallace
Com: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons,
Gérard Depardieu, John Malkovich
Quando: a partir de hoje, nos cines West
Plaza 1, Gemini 2, Belas Artes - salas
Villa-Lobos e Oscar Niemeyer e circuito
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