da Redação

Perdemos tempo dando atenção às "profundezas" de Ingmar Bergman, quando podemos dar atenção às suas musas. A do dia é Harriet Anderson, menos conhecida do que Liv Ullman, Ingrid Thulin ou Bibi Anderson, por ter marcado uma fase anterior do cineasta sueco, em que ele era menos conhecido internacionalmente.
Essa é a única razão, como poderá comprovar quem assistir hoje a "Mônica e o Desejo" (Eurochannel, 22h). O filme é de 1952 e trata, em suma, de dois jovens amantes diante do amor. Primeiro, abandonam suas famílias e trabalhos. Num segundo momento, tentam se integrar à vida burguesa.
Essa dificuldade de viver, tão característica de Bergman, não deve espantar ninguém. Pelo menos enquanto Harriet está em cena, temos contato com uma personalidade única. O próprio Bergman diz que "nenhuma mulher teve tanto charme erótico e selvagem quanto Harriet" no cinema sueco.
A outra garota do final de semana aparece no domingo, no filme "O Esporte Favorito dos Homens" (Telecine 4, 2h40), de Howard Hawks, e é Paula Prentiss.
Se existe uma frustração na carreira de Hawks, ela diz respeito a atrizes. O cineasta norte-americano sempre sonhou lançar uma grande estrela. O único sucesso que teve foi com Lauren Bacall.
Paula Prentiss só fez um filme com Hawks. É uma atriz com um charme, uma leveza, um equilíbrio notáveis. Depois fez carreira medíocre, segundo consta por conta do gênio excessivamente instável.
A noite de hoje ainda tem as estréias de "O Pacificador", primeira produção da DreamWorks (Telecine, 21h), "Contato" (HBO, 20h30) e do nacional "Matadores", de Beto Brant (Canal Brasil, (23h). (INÁCIO ARAUJO)


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