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CRÍTICA
"Mar Aberto" extrai drama de história verídica
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Uma coisa simpática são esses pequenos filmes que ainda
se fazem nos Estados Unidos
com talento e pouco dinheiro.
Convém que haja uma sacada,
também. No começo de "Mar
Aberto" (Telecine Pipoca,
16h), anuncia-se que a história
a que iremos assistir é inspirada em um fato real.
Quase todos os filmes são baseados, afinal, em fatos reais. O
mestre austríaco Fritz Lang
("Metropolis", "M") vivia recortando jornais em busca de
boas histórias.
Aqui, é o anúncio inicial que
nos persegue o filme inteiro,
pois lembramos todo o tempo
que o casal esquecido em alto
mar pelo barco onde faz pesca
submarina (ou algo semelhante) foi realmente abandonado
em alto mar (e numa zona de
tubarões).
Daqui, é possível tirar decorrências dramáticas ou não. De
todo modo, o filme de Chris
Kentis sabe extrair essas decorrências com habilidade. Na
maior parte da fita, esse trabalho é realizado por uma via minimalista: o uso de apenas dois
atores.
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