São Paulo, quarta, 24 de junho de 1998

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ANÁLISE
Cantor era o irmão discreto

LUÍS PEREZ
Editor-interino de Tudo

Pequenas atitudes, sempre discretas, comprovam que Leandro foi um exemplo de ética. Certa vez, ao ser convidado a dar uma entrevista no programa de Jô Soares, Leandro não pôde ir porque estava com a garganta inflamada.
Enviou um fax para a produção -em anexo, um atestado médico, justificando a ausência.
Ele sempre falava baixo e pausadamente, gostava de dizer que havia sido vendedor de quase tudo e que atualmente era um grande "vendedor" de discos.
Um dos segredos do sucesso foi a empatia que a dupla despertava nos fãs mais humildes. Meninos pobres do interior do Goiás, conquistaram a maior cidade do país com sua música, um repertório escolhido a dedo. E era Leandro quem mais trabalhava nisso. "É uma coisa que posso fazer sozinho", chegou a dizer, sobre selecionar o repertório.
Pacientemente, era o tímido Leandro quem entrava em estúdio, com "feeling" apurado, para selecionar as músicas de cada disco da dupla.



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