São Paulo, sábado, 24 de julho de 2004

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FILMES

TV ABERTA

Fellini em dose dupla; aqui com "Amarcord"

Diabolique
Globo, 23h.
 
(Diabolique). EUA, 1996, 105 min. Direção: Jeremiah S. Chechik. Com Sharon Stone, Isabelle Adjani, Kathy Bates, Chazz Palminteri. "Remake" do filme de Henri-Georges Clouzot (1955) sobre Adjani, mulher oficial, e Stone, amante, que, cansadas dos maus tratos, decidem matar seu homem.

Ameaça Terrorista
Record, 23h.
 
(Air Panic). EUA, 2001, 91 min. Direção: Bob Misiorowski. Com Rodney Rowland, Kristanna Loken. Um operador de vôo tenta evitar novos acidentes aéreos, quando percebe uma maquinação criminosa para causar desastres.

007 - Somente para Seus Olhos
SBT, 0h30.
   
(For Your Eyes Only). Inglaterra, 1981, 127 min. Direção: John Glen. Com Roger Moore, Carole Bouquet, Topol. Moore, o mais persistente James Bond, tem de recuperar poderosa arma defensiva que afundou junto com um navio, antes que o inimigo o faça. Décimo segundo filme da série.

Amor na Noite
Bandeirantes, 1h.
 
(Love in the Night). EUA, 1995, 92 min. Direção: Anthony Christopher. Com Lynn Wolf, Tom Paris. Moça acompanha prostitutas para efeito de reportagem.

Amarcord
Globo, 2h55.
   
(Amarcord). Itália, 1973, 124 min. Direção: Federico Fellini. Com Pupella Maggio, Armando Brancia. Fellini revisita sua infância, o fascismo, o cinema. Apesar de um tanto autocentrado, o filme tem duas vantagens: o enorme talento do diretor e seu humor.

Zumbis no Colégio
SBT, 4h30.
  
(Zombie High). EUA, 1987, 93 min. Direção: Ron Link. Com Virginia Madsen, Richard Cox, Sherilyn Fenn. Garota (Madsen) percebe que seus colegas de universidade estão um tanto estranhos. Logo saberá que eles têm seus cérebros sugados por professores vampiros. E terá de pular miudinho para evitar sofrer o mesmo destino. Apesar dessa história bem imaginativa, o filme é muito mal-falado. Mas vale arriscar. (IA)

TV PAGA

Vagando por Itália e África em boa companhia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O melhor no primeiro Fellini, o dos anos 50, é que ele não fazia questão de ser Fellini, nem tinha essa pretensão.
Já estava feliz por fazer filmes. Espera aí, não vamos exagerar. Fellini já usava atores norte-americanos como forma de abrir espaço no exterior (nos EUA, em particular).
E Anthony Quinn faz o dono de circo extremamente grosseiro que perambula pelas estradas da Itália em "A Estrada da Vida".
Mas Quinn é o chamariz. A estrela verdadeira é Giulietta Masina, ou antes, Gelsomina, maltratada em tempo integral pelo chefe da trupe.
Então vamos corrigir: Fellini já estava feliz por fazer filmes à maneira de Chaplin. Não todo Chaplin, mas certamente o lado sentimental de Carlitos, que Gelsomina reencarna, aliás com muito talento. E aí vem o problema Fellini: se o sentimentalismo é uma facilidade, ele vem acompanhado de um talento realmente raro.
Problema a esquecer: com tanto talento, tanto sentido da beleza, o filme é incontornável.
E que dizer de "Uma Aventura na África"? É outro filme de perambulação, embora bem outro seja o ritmo. Agora estamos na África, Primeira Guerra Mundial, e Katharine Hepburn, uma missionária em apuros, será ajudada por Humphrey Bogart, o dono de um barco, após invadir território onde estão tropas alemãs.
É difícil resistir ao encanto da dupla. Mas há também uma boa filmagem a chamar a atenção. Talvez pelo fato de ter sido rodado em locação, o filme libera uma veracidade rara no cinema americano. E supera a tendência filosofante de John Huston, que por vezes atrapalha seus filmes.


A ESTRADA DA VIDA. Quando, hoje, às 15h, no Eurochannel.
UMA AVENTURA NA ÁFRICA. Quando: hoje, às 20h10, no Telecine Classic.



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