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Crítica
"Bob, Carol, Ted, Alice" liberta sexo da psique
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Salvo erro, "Bob, Carol, Ted, Alice" (Turner Classic
Movies, 0h40) andava sumido
do mapa. A seu tempo (virada
dos anos 60/70), parecia um
tanto simplória a história do
casal Bob/Carol que, por efeito
de uma terapia, descobre-se liberado sexualmente. A audácia
deste filme de Paul Mazursky
vem a seguir, quando o casal
encontra Ted e Alice, outro casal, e as delícias da liberdade.
Assim como não existem
contradições, processos, caminhos, como existe uma liberdade que parece prescindir de libertação, neste filme a sexualidade parece existir à parte do
aparelho psíquico.
Daí, talvez, os personagens
esquemáticos, o que não acontece em, digamos, "O Demônio das Onze Horas" (o popular "Pierrot le Fou"), que a
TV5 exibe às 18h (sem legendas
só na Net, fato para o qual até
hoje não consegui explicação).
E cinema americano, musical, tradicional, insubstituível
pode ser encontrado no mesmo TCM, que às 16h30 passa
"Sangue de Artista", de
Busby Berkeley.
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