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SEMANA BARRASHOPPING DE ESTILO
Naomi Campbell é destaque nos desfiles no Rio
Patrícia Santos/Folha Imagem
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A modelo inglesa Naomi Campbell, durante o desfile da Cia. Marítima |
ERIKA PALOMINO
enviada especial ao Rio
A sexta edição da Semana Barrashopping de Estilo começou no
sábado e vai até amanhã, mostrando as coleções de primavera-verão de confecções e marcas de
moda praia.
A principal atração do fim-de-semana foi a presença da modelo
inglesa Naomi Campbell no desfile da Cia. Marítima. De tamanquinho (mule) Manolo Blahnik,
Naomi deu pivô e usou com elegância quatro biquínis de proporções minúsculas que serviram para comprovar sua forma física. Ao
contrário de Kate Moss, que desfilou em São Paulo em julho último
e saiu da passarela escondendo o
"derrière", Naomi caminhava
bem confortável e segura.
Sorria, simpática, diante dos
aplausos da platéia e trouxe charme à coleção da marca, calcada
em formas simples e trabalho esmerado sobre a tecnologia do
conforto e da impressão de estampas, como a da onda, desdobrada também em camisetas.
Flores e cores em amarelo, laranja e vermelho são tendência,
juntamente com os brancos totais
com lindos detalhes de strass,
perfeitos para o verão do milênio,
e os zebrados, que podem vir
também em maiôs inteiriços
comportados. Outro destaque foram os looks em azul-bebê e cor-de-rosa, com shorts e saias curtas
de estampa havaiana.
No segmento streetwear/beachwear veio a Osklen, que desfilou
antes da Cia. Marítima. Herdeira
da Company, quer vestir a juventude dourada carioca, de olho em
esportes radicais, raves e no espiritualismo oriental. A marca vem
crescendo e acerta 100% nas estampas florais e étnicas aplicadas
sobre fibras sintéticas. Hit absoluto as saias-pareôs (a boa canga)
em rosa, amarelo e dourado.
A Blue Man, um dos nomes
mais fortes do segmento, trouxe
Gustavo Scherer e outros atletas
medalha de ouro para reforçar o
caráter de ação social da marca,
que apóia com esse desfile o Instituto do Câncer, enquanto sua coleção contempla também o estilão
havaiano e o étnico.
A marca Tessuti propõe o guarda-roupa de uma elegante carioca, que gosta de peças leves e coloridas. O tecido trançado, de trama
fechadinha e artesanal, é desfiado
nas pontas e pode ser vestido justinho de alças, pantalona sexy e
saia reta pelo joelho. O terninho
branco com mangas puxadas e
calças moderninhas é tudo em
Daniela Raizel, e as saias longas de
tafetá (a laranja é ótima) de barrado estilo sereia são bem usadas
com regatinha de alças finas e algodão stretch.
Por fim, rendas bordadas com
lantejoulas e pedrinhas, de bom
gosto, formam simples e práticas
camisas de manga curtas, de botão. Algumas proporções e comprimentos escolhidos pela Tessuti
ainda envelhecem a mulher e se
tornam paradoxos diante do casting jovial do desfile.
O primeiro dia, sábado, foi
aberto pelo desfile da marca infantil O Bicho Comeu, que forrou
o chão de pelúcia para as crianças
andarem, num cenário giratório
laranja e amarelo, com enormes
bonecos, tipo alien amigo. Simpático, mas fica descabida a participação da marca no evento.
Depois, um desfile de jovens
criadores atormentou o público
com duas horas de atraso e amadorismo (Roberta Close participou como convidada de um dos
desfiles), retardando ainda mais o
último desfile da noite, a Zoomp.
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