São Paulo, Sexta-feira, 24 de Setembro de 1999
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Autor vive na França desde 1974

especial para a Folha

Considerado o maior escritor vivo de um país de escritores (até o presidente da República Tcheca, Vaclav Havel, é dramaturgo), Milan Kundera completou 70 anos em abril.
Vive na França desde 1974, país que o acolheu quando em desgraça, deu-lhe emprego como professor universitário, cidadania (em 1981) e que ele aprendeu a amar. Tanto é que mesmo com a Revolução de Veludo, que derrubou o comunismo em 1989, Kundera resolveu permanecer em Paris.
Outro bom motivo para permanecer em solo francês é ter feito a travessia mais difícil que um escritor pode fazer -escrever em outra língua. A "Arte do Romance" (1986) e "Os Testamentos Traídos" (93), ambos ensaios, saíram em francês. Mostram que o autor se preparava para dar o grande salto: em 1995 escreveu em francês o romance "A Lentidão" e, em 97, "A Identidade", na mesma língua.
Mesmo "A Brincadeira" e "A Insustentável Leveza do Ser", escritos em tcheco, tiveram suas versões para o francês revisadas pelo próprio autor. Gostou tanto do resultado que sugeriu à Companhia das Letras que traduzisse para o português a versão francesa. No que foi atendido. (ER)


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