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Autor vive na França desde 1974
especial para a Folha
Considerado o maior escritor vivo de um país de escritores (até o presidente da
República Tcheca, Vaclav
Havel, é dramaturgo), Milan
Kundera completou 70 anos
em abril.
Vive na França desde 1974,
país que o acolheu quando
em desgraça, deu-lhe emprego como professor universitário, cidadania (em
1981) e que ele aprendeu a
amar. Tanto é que mesmo
com a Revolução de Veludo,
que derrubou o comunismo
em 1989, Kundera resolveu
permanecer em Paris.
Outro bom motivo para
permanecer em solo francês
é ter feito a travessia mais difícil que um escritor pode fazer -escrever em outra língua. A "Arte do Romance"
(1986) e "Os Testamentos
Traídos" (93), ambos ensaios, saíram em francês.
Mostram que o autor se preparava para dar o grande
salto: em 1995 escreveu em
francês o romance "A Lentidão" e, em 97, "A Identidade", na mesma língua.
Mesmo "A Brincadeira" e
"A Insustentável Leveza do
Ser", escritos em tcheco, tiveram suas versões para o
francês revisadas pelo próprio autor. Gostou tanto do
resultado que sugeriu à
Companhia das Letras que
traduzisse para o português
a versão francesa. No que foi
atendido.
(ER)
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