São Paulo, sexta-feira, 24 de setembro de 2004

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ARTISTAS

artur barrio

Porto, Portugal, 1945. Instalação.
Nascido em Portugal, Barrio está radicado no Brasil desde meados da década de 50, com alguns intervalos. Um dos artistas contemporâneos do país com maior projeção no exterior, suas instalações costumam fazer críticas contundentes ao circuito da arte, como ocorreu na mais recente edição da Documenta, de Kassel, em 2002, a partir do uso de materiais perecíveis, como café, pão, vinho. Já participou de cinco edições da Bienal de São Paulo e para esta irá produzir uma instalação que tem em uma jangada a peça central.

beatriz milhazes

Rio de Janeiro, Brasil, 1960. Pintura.
A carioca Beatriz Milhazes é uma das expoentes da chamada Geração 80. Representante do Brasil na Bienal de Veneza, no ano passado, Milhazes apresentou uma série de pinturas que a consagrou, especialmente no circuito comercial, realizada com motivos lisérgicos, em geral circulares, muito diferente de sua produção inicial. São obras dessa série que serão exibidas nesta edição da Bienal.

cai guo qiang

Quanzhou, China, 1957. Instalação.
O artista chinês, nascido em 1957, é conhecido especialmente por trabalhar com materiais explosivos. Ele seria o responsável pela abertura da Bienal, com uma performance que iria incendiar uma torre de nove metros envolvida em pólvora, mas mudou seu projeto. Qiang irá, agora, pendurar, no térreo da Bienal, um imenso pássaro feito com fibras vegetais, que envolvem materiais cortantes.

eugenio dittborn

Santiago, Chile, 1943. Pintura.
Desde 1994, o chileno Eugenio Dittborn realiza uma série denominada "Pintura Aérea", composta em colagens de materiais leves e construídas a partir de viagens do próprio artista. Segundo Dittborn, tais trabalhos são feitos, em parte, em resposta à posição periférica de Santiago, sua terra natal, na cena internacional da arte e também como forma de comentar as estruturas opressivas do regime militar em seu país.

huang yong ping

Xiamen, China, 1954. Escultura.
Nascido na China e radicado na França, Huang Yong Ping tem um trabalho que discute as relações culturais entre Ocidente e Oriente, como na obra "The History of Chinese Art and The History of Modern Art", de 1967, na qual misturou um livro de arte ocidental e outro oriental em uma máquina de lavar. Na Bienal, Ping apresenta uma escultura, de 2002, "11 de junho de 2002 - O Pesadelo de George 5º", com um tigre em cima de um elefante empalhados.

luc tuymans

Mortsel, Bélgica, 1958. Pintura.
"As pinturas, se elas devem ter algum efeito, devem possuir a intensidade tremenda do silêncio, (...) do silêncio antes da tempestade", diz o belga Luc Tuymans, um dos mais festejados artistas contemporâneos presentes na Bienal de São Paulo. Em seu trabalhos, que ele denomina como "imagens imateriais", o conteúdo tem uma função especial e a reflexão ganha maior importância, para ele, do que o apelo ruidoso aos sentidos.

paulo bruscky

Recife, Brasil, 1949. Ateliê.
Todo o ateliê de Paulo Bruscky, no Recife, em Pernambuco, foi deslocado para a Bienal de São Paulo. Nele, estão dezenas de documentos do grupo Fluxus, do qual participaram, entre outros, Josef Beuys, Yoko Ono e Nam June Paik, e, com o qual, Bruscky manteve relações. Pioneiro da arte em xerox e em super-oito, Bruscky é uma das mais importantes referências da arte conceitual no país.

thomas struth

Geldern, Alemanha, 1954. Fotografia.
Como registrar o "êxtase" e a "quietude" é o procedimento que motiva o fotógrafo alemão Thomas Struth. Ao lado de Andreas Gursky e Thomas Ruff, ambos vistos em salas especiais na edição anterior da Bienal, Struth representa a geração herdeira da escola alemã de fotografia inaugurada pelo casal Bernd e Hilla Becher, que ganhou grande projeção nos anos 90.


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