São Paulo, segunda-feira, 24 de setembro de 2007

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Crítica

"Zuzu Angel" narra o que a ditadura calou

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Até os anos 50, o cinema era o veículo onde certas histórias tornavam-se visíveis. Com a televisão, certas coisas acabaram. Como pensar num filme sobre, digamos, a garota que mata os pais com o intuito de beneficiar o namorado?
O noticiário da TV já nos intoxicou com essas imagens, já entrevistou a vizinhança, os amigos, inimigos, advogados. Por isso, esse tipo de filme não faz mais sentido.
Talvez por isso, também, "Zuzu Angel" (Canal Brasil, 22h) seja um dos filmes mais estimáveis de Sérgio Rezende. Existia algo a desvendar ali porque, tendo essa história se passado num tempo de censura política, durante o governo militar, o destino da estilista que se pôs a combater torturadores acabou ignorado por quase todo mundo.
São funções menores num cinema moderno: fazer do filme um modo de "divulgação", por um lado, e, por outro, acreditar num mundo que se divide entre bons e maus. Mas não é de filme moderno que estamos falando, mas de filme de massa.

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