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Argentino censurado na Bienal insiste em continuar na exposição
DE SÃO PAULO - Após ter tido
sua obra vetada pela curadoria da 29ª Bienal de São Paulo,
por simular uma campanha
eleitoral com imagens dos
candidatos Dilma Rousseff
(PT) e José Serra (PSDB), o artista argentino Roberto Jacoby
diz ter tido ontem novos atritos
com os organizadores.
Segundo Jacoby, a produção tentou impedir a entrada
de convidados argentinos que
realizariam ali uma série de
atividades previamente programadas -como oficinas e
seminários- em que se discutiriam temas políticos.
"Falei que íamos chamar os
jornais se não nos deixassem
passar", afirmou o artista. "E
então, liberaram."
Diretor de produção da Bienal, Emilio Kalil disse não ter
havido impedimentos por parte da fundação e que Jacoby
"tem exercido truculência".
"Ele começou a fazer esse tipo de acusação desde que falamos que não seria interessante
continuar a fazer aquela pseudocampanha", afirmou.
Kalil enfatizou que as atividades ocorrerão desde que
não haja pronunciamento político direto sobre nenhum dos
candidatos.
A instalação "El Alma Nunca Piensa Sin Imagen (a alma
nunca pensa sem imagem)"
foi tapada anteontem, depois
que a curadoria da Bienal recebeu notificação da Procuradoria Regional Eleitoral em São
Paulo afirmando "ser vedada
a veiculação de propaganda
nos bens cujo uso dependa de
cessão ou permissão do poder
público", caso do pavilhão no
Ibirapuera.
(JULIANA VAZ)
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