São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Produção de José Padilha traz série de referência ocultas

Saiba de onde o diretor de "Tropa de Elite 2" tirou inspiração para filme político-policial

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

Pouca gente percebe, mas na cena em que a feliz família sai de um cinema no filme "Tropa de Elite 2", pode-se ver o cartaz de "Z", produção de 1968 sobre acontecimentos políticos e mortais na Grécia dos anos 60.
É um dos filmes preferidos de José Padilha, diretor do "Tropa de Elite 2". "Além disso, como o cinema era o Estação Botafogo e o personagem era o Fraga, defensor de direitos humanos, fazia sentido colocar esse filme lá", conta Padilha.
Mas a homenagem vai além: o diretor de "Z", o grego Constantin Costa-Gavras, era o presidente do júri no Festival de Berlim quando "Tropa de Elite" foi agraciado com o prêmio máximo, o Urso de Ouro, em fevereiro de 2008. Trata-se, portanto, de um agradecimento ao mestre diretor.
Essa é apenas uma das referências ocultas em "Tropa de Elite 2" (confira outras nesta página), a produção que está estourando os recordes do cinema nacional.
Outra é a tortura de jornalistas de "O Dia", há dois anos, por milicianos ligados à polícia carioca. Eles estavam disfarçados há duas semanas, produzindo uma reportagem sobre como era viver sob os desmandos de uma milícia na favela do Batan, em Realengo.
Na sala onde foram espancados, tomaram choques e tiveram a cabeça colocada no saco, os jornalistas viram coturnos e roupas da polícia.


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