São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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CRÍTICA DRAMA

Miranda July filma fábula surrealista com tipos comuns

ADRIANA FERREIRA SILVA
EDITORA-ASSISTENTE DA ILUSTRADA

O presente é melancólico e, o porvir, nada animador no novo filme de Miranda July, "O Futuro", exibido hoje, na Mostra de Cinema.
O segundo longa de July segue a fórmula de "Eu Você e Todos Nós" (2005), que ganhou o prêmio de melhor diretor estreante em Cannes.
Nessa obra, a norte-americana contava histórias simples, vividas por personagens solitários que transcendiam o cotidiano ao se depararem, por exemplo, com um peixe nadando dentro de um saco plástico.
A habilidade de escrever, atuar, dirigir e criar prazer e tensão a partir de situações nada glamourosas fizeram de July "a garota do momento". Antes disso, ela já causava impressão por trabalhos de videoarte e performances.
Em "O Futuro", ela se concentra em apenas um drama, o de Jason (Hamish Linklater) e Sophie (a própria July). A crise do casal conduz a fábula, narrada por um gato, e que tem uma Lua-falante e uma camiseta que se movimenta.
Apesar do toque surrealista, July trata de um tema contemporâneo: a projeção de um destino brilhante, que, no entanto, trilha o presente medíocre, o inevitável futuro.

O FUTURO
DIREÇÃO Miranda July
PRODUÇÃO Alemanha/EUA, 2011
QUANDO hoje, às 22h, no Cine Livraria Cultura; dias 25, às 18h40, na Cinemateca; 27, às 14h, no Unibanco Arteplex; 31, às 17h50, no Espaço Unibanco; e 1º/11, às 19h40, no Unibanco Arteplex.
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO bom



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