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O ARQUITETO
Mendes da Rocha vê "ação exemplar'
da Reportagem Local
Professor titular da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da USP,
o arquiteto Paulo Mendes da Rocha projetou o MUBE (Museu Brasileiro da Escultura) e também dirigiu a transformação da Pinacoteca do Estado, reinaugurada neste
ano.
Foi convidado pelo comitê de
programa de governo para participar da elaboração das propostas de
Mário Covas para a cultura. "A
maior virtude do plano é uma experiência que brilhou muito nos
empreendimentos que encaminhou", disse.
(PD)
Folha - Como o sr. vê o plano de
Mário Covas?
Paulo Mendes da Rocha - É a consolidação do que já vinha sendo
feito, como a prioridade para a recuperação de edifícios históricos
que estavam abandonados. E também tentar uma vinculação entre
educação e cultura, para inculcar
nas crianças, nos bancos escolares,
a noção de que o mundo é inventado e a criatividade, fundamental.
Folha - Como essa integração entre educação e cultura se dará?
Mendes da Rocha - Não se trata
de fundir as duas secretarias, mas
de iniciar uma discussão e fazer
um trabalho associado.
Folha - Como fica a questão do
"deserto cultural" da periferia?
Mendes da Rocha - No mundo
inteiro, a cultura emana desses espaços. Não é uma idéia boa impor
algo de cima para baixo. É preciso
favorecer para ela flua bem.
Folha - Mas por que não são prioritárias dentro do programa?
Mendes da Rocha - Mas elas são,
entram sempre em qualquer programa. Eu não sou funcionário do
governo, conheço os desejos que
existem, não sei qual é a verba da
secretaria. Agora, é importante
considerar a idéia de ações exemplares nessa gestão.
Folha - Caso fosse convidado, o
sr. aceitaria integrar a secretaria?
Mendes da Rocha - Não é minha
forma de agir, nem tenho experiência. Faço melhor fora.
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