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O POETA
"Estrutura é arcaica", diz Chamie
da Reportagem Local
Poeta dissidente do concretismo,
autor de "Lavra, Lavra" (62) e "Caravana Contrária" (98), Mário
Chamie já foi secretário municipal
da Cultura entre 79 e 83, na administração Reynaldo de Barros.
Atualmente, é professor de comunicação comparada e assessor
na Emurb (Empresa Municipal de
Urbanização). Sempre ligado politicamente a Paulo Maluf, definiu a
proposta para a cultura junto com
o atual secretário municipal da
área, Rodolfo Konder.
(PD)
Folha - Para o sr., qual o ponto
principal das propostas?
Mário Chamie - Não estamos propondo ações pontuais, mas sim estabelecendo uma política. A estrutura da secretaria é arcaica. É preciso promover um redimensionamento das bases estáveis de atividades, torná-las multiuso.
Folha - O que isso significa em
termos práticos?
Chamie - Um museu não se limita
à exposição de artes plásticas. Temos de fazer com que eventos e atividades se integrem. Por exemplo,
manter atividades permanentes de
workshops para crianças no museu. Elas vão usufruir de forma
mais rica e significativa as exposições que visitarem. Aí está a inclusão de uma vertente social, com a
participação da comunidade.
Folha - Como o sr. vê a participação das empresas na cultura?
Chamie - Determinadas instituições têm um caráter público mais
definido, e o Estado tem obrigação
de zelar por elas. Mas a parceria
com a iniciativa privada é importante e será acionada. Não se pode
ter posições dogmáticas.
Folha - Por que informatizar?
Chamie - Hoje, a cultura tem linguagem digital, que democratiza o
acesso a bens e serviços culturais
em tempos e lugares diferentes. É a
cultura à distância, que pode atingir até o Mercosul.
Folha - Essa informatização acontece em quatro anos?
Chamie - Todo processo é de instauração. A partir daí, ele terá seu
desenvolvimento natural.
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