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Pedreiros envolvem
TV Record em farsas
da Reportagem Local
Em depoimentos ontem ao Ministério Público Estadual, os pedreiros desempregados Sebastião
José de Oliveira, 33, e Geraldo Barbosa de Sousa, 34, envolveram o
programa "Leão Livre", da Record, no esquema que fabricava
histórias para o "Programa do
Ratinho", do SBT.
Oliveira e Sousa confirmaram ao
Ministério Público as informações
publicadas pela Folha no último
domingo. A reportagem revelava
esquema em que desempregados
de Mauá, na Grande São Paulo,
atuavam como atores no "Programa do Ratinho".
Os pedreiros disseram ao Ministério Público que a produtora
free-lancer Rosemeire Regina Ramalho também levava pessoas para o "Leão Livre". Os dois afirmaram que, nos mesmos dias em
que estiveram no SBT, a produtora também levou pessoas para
"fazerem papéis" na Record.
À Folha, Rosemeire disse que já
trabalhou para o "Leão Livre".
"Não trabalho mais." Kátia Gardin, supervisora do "Leão Livre",
negou que Rosemeire tenha trabalhado para o programa. "Os casos
do "Leão' são verdadeiros."
O Ministério Público deve encaminhar três ações contra Carlos
Massa, o Ratinho: uma pedindo
indenização de R$ 35 milhões para
um fundo comum, outra pedindo
indenizações individuais para os
falsos atores e uma terceira por
crime de racismo -Ratinho chamou o pedreiro Oliveira de "neguinho vagabundo".
Extorsão
O pedreiro Sousa também disse
em seu depoimento que teria recebido uma oferta de R$ 30 mil para
não dar entrevistas.
Sousa disse ter recebido a oferta
anteontem de uma pessoa chamada Beth, que, segundo ele, trabalharia para a produtora free-lancer
Rosemeire Regina Ramalho. A
mulher teria dito que pagaria a
mesma quantia a Oliveira.
O supervisor do "Programa do
Ratinho", Fábio Furiatti, não quis
comentar a acusação.
(BRUNO GARCEZ E DANIEL CASTRO)
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