São Paulo, segunda, 24 de novembro de 1997.




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Pintor começou precocemente

da Reportagem Local

Candido Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903 em uma fazenda de café na cidade de Brodósqui, no interior de São Paulo, o segundo de 12 filhos de uma família de imigrantes italianos.
Precocemente -não tinha dez anos-, pinta as estrelas do teto da capela local e se admira com o poder de criação das mãos.
Com 15 anos, já está no Rio, estudando desenho no Liceu de Artes e Ofícios. Tomará contato com a pintura, sua técnica preferida, na Escola Nacional de Belas Artes, onde estudará entre 1923 e 1928.
Neste último ano, ganha um prêmio de viagem da escola e parte para a Europa, onde tomará contato com a efervescência artística da época. Na Europa, praticamente não pinta, mas não se preocupa.
Prefere entrar em contato com artistas e frequentar museus e exposições, superando sua formação acadêmica. Volta ao Brasil com Maria, sua mulher, que conheceu na Europa, e apenas três naturezas-mortas. Na Europa, redescobriu o Brasil e se fixou ainda mais à sua terra e ao seu povo.
Em 1935, pinta seu primeiro grande trabalho, "Café", pelo qual passou a ser comparado aos muralistas mexicanos, devido à sua monumentalidade e ao seu interesse pelas questões sociais que o acompanharão por toda a vida.
Morre, também precocemente, aos 59 anos, em 6 de fevereiro de 1962, vitimado pelo intoxicação com o chumbo das tintas que utilizava, junto com os pincéis que teimou em não largar.



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