da Reportagem Local

No ar desde 97, a rádio pirata Planeta 90 (90,1 MHz) intriga pela sua potência e pela capacidade de sobreviver tanto tempo à fiscalização.
Com pelo menos 10 mil watts de potência (mais do que a maioria das FMs do interior), a estação pega bem em toda a Grande São Paulo e, dependendo das condições atmosféricas, até em Campinas e no litoral.
Em 19 de setembro passado, a Planeta 90 foi sintonizada em Florianópolis por um dexista (pessoa que cultiva o hobby de ouvir emissoras distantes).
A Planeta 90, que toca basicamente música sertaneja, é investigada pela Polícia Federal desde o ano passado. Em novembro de 98, uma blitz da PF apreendeu apenas um transmissor de baixa potência.
Em 20 de outubro deste ano, nova blitz na torre da Planeta 90 (na Cantareira, zona norte) fracassou porque a emissora estava "desativada". A estação só voltou ao ar em novembro, quando venceu o prazo do mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal.
A FM pertence ao (falso) padre Francisco Silva, que a usa para atrair fiéis à sua Igreja Católica das Santas Missões, no Brás (zona leste). Ele promete solução para tudo, de "frieza sexual a casos na Justiça".
A organização não-governamental MPB Sempre, criada pelos órfãos da Musical FM (105,7 MHz), terá programa quinzenal na USP FM (93,7 MHz) a partir de fevereiro.
(DANIEL CASTRO)


E-mail: daniel.castro@uol.com.br


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