São Paulo, Sexta-feira, 24 de Dezembro de 1999


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MUNDO GOURMET

Comida familiar e barata

JOSIMAR MELO
Colunista da Folha

É quase regra geral: os restaurantes árabes que vão abrindo na cidade devem ser herdeiros de tradições familiares, mais do que operações comerciais. O Kibe Kibe, aberto há um mês, não foge à regra.
Ele continua um negócio que já existe há 15 anos, a confeitaria Kibe Kibe, fundada pelo casal Jeanette e Antonio Heide, este já morto, após uma vida sempre ligada aos alimentos (ele já trabalhou com frutas). A confeitaria continua lá, mas Jeanette, 55, paulista, empenhou-se agora na abertura da nova casa com seus filhos Luciano, 28, Fábio, 30, Eduardo, 32, e Andréa Heide, 34.
O restaurante ampliou os serviços da confeitaria, apresentando opções mais amplas de pratos árabes. Seu ambiente segue a tradição de despojamento da maioria de seus semelhantes, mas sem deixar de ser confortável; suas mesas ficam numa área aberta para a rua, o que o torna também uma opção para quem gosta de tomar um drinque vendo a vida passar lá fora.
O cardápio do Kibe Kibe inclui uma interessante seção de "combinados": os pratos são sugeridos já na forma da refeição, com os acompanhamentos.
O Gido traz uma mistura de michui de filé mignon (espeto de carne, cebola e tomate) com arroz sírio (misturado com aletria) e coalhada seca. O Kibe Kibe é composto de kafta (carne moída temperada, assada no espeto), mijadra (arroz com lentilhas e cebolas torradas) e fatouche (salada de tomate, pepino, cebola, salsinha e hortelã).
Preparados sem provocar sustos, os pratos vão das tradicionais esfihas aos mais complexos, como a tripa de vitelo recheada com arroz e carne, o quibe labanie (quibe cozido na coalhada, mais rala e ácida que o necessário). No conjunto cumprem a expectativa do público que busca a comida árabe que conhecemos: familiar e barata.


Cotação: $ Avaliação: regular

Restaurante: Kibe Kibe Endereço: r. Sabiá, 476 (Moema, zona sul, tel. 0/xx/ 11/5052-6242)
Horário: de segunda a sábado, das 10h às 23h; domingo, das 10h às 17h
Ambiente: simples mas agradável, com mesas voltadas para a rua
Serviço: sem problemas
Cozinha: árabe, correta
Cartões: todos
Quanto: entradas e saladas, R$ 3 a R$ 10; pratos principais, R$ 4 a R$ 12; sobremesas, R$ 2 a R$ 6



$ (até R$ 22); $$ (R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim  
NOTAS

Cupuaçu à francesa - 1
Muito boa a idéia da empresa Les Bragantines de fazer geléias com inspiração francesa utilizando ingredientes brasileiros. Sua linha "gourmet light" segue a tendência atual de não adicionar açúcar (nem adoçantes artificiais) às frutas, que apresentam somente a doçura do açúcar natural.

Cupuaçu à francesa - 2
O mais interessante da linha de geléias Les Bragantines são as frutas (ou combinações de frutas) escolhidas: jabuticaba, umbu com cupuaçu, cacau com açaí, limão com manga, maracujá, laranja amarga e a tradicional framboesa.

Luigi no Mercure
Com a habitual atenção do grupo Accor à gastronomia em seus hotéis, o Mercure de São Paulo lança o cardápio do restaurante Tramonto, sob orientação do chef Luigi Tartari. Entre as sugestões, suflê frio de salmão com pesto; risoto de aspargos e rãs com tomilho; e lombo de cordeiro com amoras e cardamomo.


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