São Paulo, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Última Moda

VIVIAN WHITEMAN - ultima.moda@grupofolha.com.br

Laços de família

MATRIARCA DA GRIFE MISSONI VEM AO BRASIL E DIZ QUE O SEGREDO DO SUCESSO DA MARCA É MANTER OS NEGÓCIOS SEMPRE "EM CASA"

Para a família Missoni, a tradição vem em primeiro lugar. Em visita ao Brasil, neste mês, a empresária Rosita Missoni, 79, veio comemorar um ano da entrada da grife em São Paulo, mas não via a hora de voltar à Itália e começar a planejar a festa de Natal de seus filhos e netos.
Matriarca de uma das famílias mais influentes da moda e cofundadora [ao lado do marido, Ottavio] da Missoni, Rosita acredita que família e negócios podem e devem andar juntos. "Somos muito unidos. Esse é o segredo da nossa identidade", diz.
A ceia de Natal acontece sempre em Varese, onde os Missoni mantêm uma de suas casas mais queridas, encravada nos Alpes italianos. "As crianças cresceram dentro da fábrica, que fica perto dessa casa. Foi lá que eles se apaixonaram pelo nosso universo de tricô colorido", diz.
As "crianças", Vittorio, 56, Luca, 54, e Angela, 52, hoje comandam a empresa, sob o olhar crítico de Rosita e do patriarca Ottavio, que, no entanto, anda trocando a moda pelo jardim e pelo esporte.
"Ele está mais preocupado em cultivar camélias e praticar arremesso de peso. Ainda é um homem e tanto ", derrete-se Rosita, que costuma viajar o mundo sem o marido, ex-triatleta olímpico.
Rosita desbrava de Nova York a Istambul, buscando inspiração para os objetos da Missoni Casa- grife de móveis e objetos que abriu sua primeira loja em São Paulo no ano passado. "Infelizmente, tudo é tão igual hoje em dia. Me cansa essa coisa de internacionalização."
Nostálgica, Rosita relembra os anos 70 (época em que a marca foi criada) como o momento máximo da moda. "A moda hoje é só dinheiro. Ainda sou curiosa, mas perdi a paixão pelas roupas", diz.
Uma paixão que a neta Margherita, 27, tomou para si e transformou em ofício, tornando-se embaixadora da Missoni no mundo. "Hoje, ela é o ícone da marca e nosso futuro. Conseguimos a façanha de manter nossa marca viva, sempre em família."

TUITADAS

@aherchcovitch I love eggnog
(Eu amo eggnog)
Herchcovitch entra em clima de Natal com a versão gringa e turbinada da tradicional gemada

@maria_prata todo mundo despedindo, e eu aqui na labuta.... #ACABAANOPELAMOOOOR
Maria Prata, editora da Fashion TV Brasil, em tensão pré-Réveillon

@ANDRELIMABR Procurando pijama pro meu pai...Ele que pediu via minha irmã...
O estilista se joga nas compras natalinas

Praia Virtual A grife de moda praia Clube Bossa teve sua linha de luxo comprada com exclusividade pela loja virtual inglesa Net-à-Porter. As peças da marca, vendida em cinco países, além do Brasil, chegam a custar US$ 2 mil (R$ 3.400). A média de preço dos biquínis é de US$ 500 (R$ 850). O objetivo do empresário Guilherme Vieira, dono da marca, é fazer comque a Clube entre nas grandes lojas de luxo e possa competir com grifes como Eres, Missoni e Emilio Pucci.

Luxo por Luxo O conglomerado de moda LVMH não desiste da francesa Hermès. Na última terça-feira, depois de comprar pouco mais de 3% de títulos da grife, o grupo do empresário Bernard Arnault passou a deter 20,21% das ações da maison e 21,73% do poder de voto. A empresa ainda é controlada pela família Hermès, que não vê as aquisições do grupo LVMH combons olhos, e tem capital aberto na Bolsa de Valores.

ENTREVISTA

Herchcovitch assume posto em tecelagem

Alexandre Herchcovitch acaba de incluir um novo trabalho em sua já apertada agenda de compromissos. Além de comandar sua própria grife e estar à frente da Rosa Chá, o estilista é o novo coordenador artístico da megatecelagem TDB. A TDB fornece tecidos para linhas de lingerie e moda praia. Herchcovitch falou à Folha sobre a novidade:

 


Folha - Qual será o seu trabalho à frente da TDB?
Alexandre Herchcovitch -
Elaborar uma cartela de cores, novos tecidos e estampas. Esse material poderá ser comprado por qualquer marca que seja cliente da TDB. Ou seja, não criarei roupas.

O que você imagina para o ano que vem em termos de estampas?
Estampas megacoloridas, com técnicas que vão do silk-screen [impressão em tela] até a estamparia digital.

E no setor de lingerie?
Penso em tecidos tão leves e confortáveis que façam a mulher esquecer que está de lingerie. Além disso, esses tecidos receberão cada vez mais informação de moda, tanto em termos de cores quanto de estampas.

com PEDRO DINIZ


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