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Polícia Civil investiga atendimento a Cássia Eller
DA SUCURSAL DO RIO
Sem resultados conclusivos nos
exames toxicológicos de Cássia
Eller, a Polícia Civil pediu ontem
informações complementares à
clínica Santa Maria, onde a cantora morreu no dia 29 de dezembro,
para tentar identificar a causa de
sua morte e se houve erro no atendimento médico.
Conforme a Folha revelou ontem, os exames toxicológicos realizados no IML do Rio não encontraram drogas nem álcool no sangue, nas vísceras ou na urina da
cantora.
O chefe de Polícia Civil, Álvaro
Lins, disse que é preciso agora
uma perícia complementar, na
área de clínica médica, para saber
se o atendimento foi correto.
A assessoria da Polícia Civil informou que, embora os exames
estejam prontos, o IML ainda não
tem condições de elaborar o laudo com a causa da morte. Por isso
pediu mais dados à clínica.
Diante do resultado negativo
dos exames toxicológicos, torna-se fundamental recuperar todas
as informações do hospital. O advogado da clínica, Luiz Marcelo
Lubanco, disse que pedirá a realização de novos exames toxicológicos, em outro laboratório.
Ele julga necessário "ouvir uma
segunda opinião", já que há relatos de que Cássia havia bebido e
de que teria usado cocaína. Para
ele, pedir novos exames não significa questionar o IML, mas apenas
buscar um laboratório com mais
capacidade tecnológica.
Para o especialista em medicina
legal Nelson Massini, professor da
Universidade Federal do Rio e da
Universidade do Estado do Rio, se
Cássia tivesse ingerido álcool ou
drogas em quantidade suficiente
para matar, isso teria de aparecer
nos exames toxicológicos.
Chicão
A Justiça do Rio negou ontem o
pedido de suspensão da liminar
da 1ª Vara da Infância e Juventude, que concedeu a guarda provisória do filho de Cássia Eller, o
Chicão, à companheira da cantora, Maria Eugênia Vieira Martins.
O pedido, um agravo de instrumento, havia sido feito anteontem pelo advogado Ricardo Leitão, que representa Altair Eller,
pai de Cássia. Leitão também entrou com pedido de guarda e tutela de Chicão na 1ª Vara de Órfãos
e Sucessões.
Segundo ele, a juíza Amália Regina Pinto oficiou, a seu pedido, a
Polícia Federal, para que impeça
Eugênia de viajar com Chicão
sem permissão.
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