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trilhas
Grupo compõe para cinema e Louis Vuitton
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS
A cada álbum, o Tindersticks produz uma trilha sonora para filmes imaginários
sobre amores perdidos. Mas
a banda -cujo nome foi emprestado de uma caixa de
fósforos alemães encontrada
pelo vocalista Stuart Staples
em uma praia grega- efetivamente compôs trilhas
sonoras para o cinema.
A parceria com a diretora
francesa Claire Denis, que foi
assistente de Wim Wenders
em "Asas do Desejo", data de
1996, ano de produção do
longa "Nénette et Boni".
"Trouble Every Day" ("Desejo e Obsessão"), de 2001,
expõe relacionamentos
doentios que incluem práticas de canibalismo. A atmosfera dos soturnos arranjos
instrumentais tem efeito
mais devastador que o sangue derramado nas imagens.
A terceira colaboração
com a diretora a encontrou
em fase mais inspirada.
"Trinta e Cinco Doses de
Rum", uma trama densa
construída a partir de uma
relação entre pai e filha, foi
um dos melhores títulos da
última Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo.
Ainda em 2008, Denis requisitou o conjunto para
conceber a trilha de "White
Material". Na mesma época,
a coleção de verão da Louis
Vuitton desfilou em Paris ao
som de Tindersticks, que
criou melodias especialmente para a ocasião.
Sobre fazer música para cinema, Staples afirmou à
Folha que "é mais uma reação às imagens e aos sentimentos relacionados a elas
do que trabalhar em algo que
provém de si mesmo".
O propalado caráter cinematográfico do som do grupo influencia até músicos
brasileiros, como Mauricio
Fleury, que faz arranjos para
o cantor Thiago Pethit. E
tem mais respaldo nas preferências do tecladista David
Boulter que nas de Staples.
"Cinema é provavelmente
mais importante para David.
Visualmente, eu tenho uma
relação maior com pinturas", disse o vocalista.
(EV)
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