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CRIME
Artista plástico holandês confessa assassinato de sua companheira, que ele descreveu em livro policial
Matou a mulher e escreveu romance
das agências internacionais
Um recluso artista plástico holandês confessou ter assassinado
sua mulher e, depois, ter escrito
um livro descrevendo o crime.
O livro, chamado "Quarta-feira,
Dia de Almôndegas de Carne",
havia sido recusado por diversas
editoras holandesas, mas agora
pode ser publicado.
Richard Klinkhamer, um ermitão de 62 anos, confessou à polícia
no fim-de-semana passado ter sido o autor do assassinato da enfermeira Hannelore Larentia
Klinkhamer-Godfrion, desaparecida havia nove anos.
O casal morava numa casa rural
em Gandedijk, norte da Holanda,
onde, até 97, Klinkhamer exercia
sua faceta de artista plástico, fazendo esculturas com ossos de
animais. Uma recente reforma no
jardim, ordenada pelos novos inquilinos da casa, resultou no descobrimento de alguns restos humanos. A polícia holandesa afirmou que a arcada dentária pertencia à enfermeira desaparecida.
Depois disso, Klinkhamer confessou o crime, dizendo que a golpeou com um objeto na cabeça
após uma discussão, mas não revelou o que fez com o corpo.
Desde 91, Klinkhamer era suspeito do crime. Chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas. Em 92, ele escreveu "Quarta-feira, Dia de Almôndegas de Carne" baseado em sua história.
No livro, um homem mata sua
mulher e desaparece com o corpo. Em seguida, o livro de Klinkhamer dá apenas dicas -sete
versões, ao todo- sobre o que
aconteceu com o cadáver.
A polícia já escolheu a sua: suspeita-se que o artista triturou a
maior parte do corpo da mulher
em uma máquina moedora de
carnes (daí o grotesco título da
obra). A suspeita acontece porque
uma máquina moedora industrial foi apreendida quando Klinkhamer foi preso.
"O leitor deve tirar suas próprias conclusões", disse o autor,
em entrevista a uma rádio holandesa em 1994, quando nenhuma
editora se interessou em publicar
seus escritos.
Agora, preso, tem recebido
ofertas das editoras. Como seu
advogado desaconselhou a publicação, Klinkhamer estuda reescrever partes do livro.
Da mesma forma que o artista
plástico holandês, um traficante
de drogas americano transformou seu crime em uma "obra de
entretenimento".
No mês passado, o traficante
Robert Hayes, 31, se declarou culpado de dez acusações em uma
corte de Louisville (EUA).
Na confissão, ele declarou que
usou parte do dinheiro que ganhou ilegalmente para produzir,
escrever e estrelar um filme de ficção sobre tráfico de drogas.
Na fita, chamada "O Vencedor
Leva Tudo", Hayes interpreta um
traficante de drogas.
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