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MÔNICA BERGAMO
Ana Ottoni/Folha Imagem
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O intérprete mangueirense Jamelão é elegantíssimo, mesmo que não ligue muito para isso |
O picadeiro carioca
"É como montar um espetáculo circense." Em meio a
gargalhadas, o publicitário
Eduardo Fischer contava, na
noite de segunda-feira, a inesquecível experiência de pilotar o
camarote da Nova Schin, no
Sambódromo do Rio. "Você vai
procurando coisas [para colocar no camarote], as pessoas
vão te mandando...." Por exemplo? "Mandaram-me até um
aparelho para as mulheres fazerem xixi em pé." Seria um pouco demais, mesmo num circo, e
Fischer decidiu não distribuir o
tal brinde.
E a catarinense Mirella Santos,
20, terceira colocada no concurso Miss Playboy TV Internacional? Como foi parar no camarote? "O [apresentador] Otavio
Mesquita estava cobrindo o
concurso em Punta del Este e
me telefonou. Eu falei: claro, temos que convidar a Miss Playboy TV. A gente convida até a
Miss Janela!" A assessora da
Miss Mirella passou a noite correndo atrás de jornalistas, para
que a bela pudesse brilhar.
Faz parte do circo carnavalesco colocar muita, muita mulher
bem jovem e deslumbrante no
pedaço. Ao lado delas, atores
(da novela das oito, de preferência) como Fábio Assunção, Macelo Faria e Daniel Dantas, empresários da moda como Tufi
Duek, celebridades como Luiza
Brunet (que, aliás, chegou no
camarote com o marido, Armando, com quem andou
"dando um tempo").
No camarote concorrente, o
da Brahma, foram vistos chegar
pelo menos três microônibus
cheios de mulheres -como a
santista Bianca Moretto, 23,
modelo selecionada pela agência L'Equipe para embelezar o
ambiente. "É uma chance de
aparecer, conhecer gente", diz
ela. O cineasta Alain Fresnot,
por exemplo, selecionou pelo
menos uma jovem atriz para o
casting de seu próximo filme.
Algumas ficam de fora. Dizendo-se filha do ministro Guido
Mantega, do Planejamento,
uma jovem deu escândalo na fila dos ônibus que levavam os
vips ao camarote. Queria porque queria ir até o Sambódromo. "A revista "Caras" vai adorar
me ver lá. Eu sou filha do ministro Guido Mantega." Nada feito.
A AmBev terminou o Carnaval
sem nem saber se a moça era o
que dizia ser mesmo.
Regina Casé também foi barrada: estava com a filha, Benedita, que é menor de idade, e a lei proíbe que as cervejarias recebam crianças no ambiente.
Em meio às beldades e celebridades como o trio Wanessa Camargo, Dado Dolabella e Erik
Marmo (os dois são ex dela),
uma surpresa: Eduardo Jorge, o
EJ, ex-ministro do governo de
Fernando Henrique Cardoso.
Ele hoje processa jornais, jornalistas, procuradores e meio
mundo por se sentir injustiçado
das acusações de tráfico de influência que sofreu há quatro
anos. Acha que os jornais são
bonzinhos demais com o ministro José Dirceu, do governo Lula, hoje protagonista de um escândalo. "Eu só fico comparando", diz.
Brigas, aconteceram. Os irmãos Garnero (Mario e Alvaro)
saíram no tapa com um grupo a
quem acusavam de "bicheiros".
O treinador de um time paulista
bateu na mulher em pleno camarote da Brahma. Paciência.
Circo tem dessas coisas.
@ - bergamo@folhasp.com.br
COM CLEO GUIMARÃES E ALVARO LEME
GILBERTO GIL
O que será do amanhã?
De férias e curtindo a folia
na Bahia, o ministro da Cultura Gilberto Gil falou, na segunda-feira de Carnaval, sobre o futuro de sua pasta. O
bate-papo aconteceu no camarote Expresso 2222, produzido por sua mulher, Flora.
Folha - O senhor já tem possíveis nomes para ocupar os cargos vagos no Ministério?
Gilberto Gil - Temos em mente, mas ainda foi definido. Estou de férias até março.
Folha - Os cargos só serão ocupados depois da sua volta?
Gil - Não. É um assunto que
vai ser resolvido pelos assessores do ministério. Se tudo dependesse só de mim, estávamos fritos: eu e o país.
Folha - É verdade que o senhor
ficou chateado, cabisbaixo até,
por ter demitido Roberto Pinho
[ex-assessor de Gil e seu amigo
íntimo, acusado de irregularidades por outros assessores de sua
equipe]?
Gil - Chateado, sim. Cabisbaixo, não. Se ele tivesse atendido
meu pedido de se afastar por
iniciativa própria, certamente
teria sido mais fácil.
Folha - Quando foi feito esse
pedido?
Gil - Na última vez que nos falamos, 15 dias atrás.
Folha - O senhor tinha 100% de
certeza de que ele traiu sua confiança?
Gil - Existem dois aspectos
quando se fala em confiança:
um subjetivo, que deve ser ao
qual você se refere. E outro, objetivo, baseado em fatos. Nesse
ponto havia total certeza. E os
deveres do Estado são pautados pelos fatos, não pelas impressões subjetivas. O que pergunto agora é: qual o interesse
disso tudo para o Carnaval?
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