São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

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NAS LOJAS

Rap
RHYTHM & GANGSTA
     
SNOOP DOGG
Snoop Dogg apareceu em 1993 com "Doggystyle", disco que transcendia o universo pesado do gangsta e levava lirismo melódico a um então desgastado rap. Após cinco discos medíocres, parecia que Snoop estava perdido para sempre. Pois este "R&G", com produção em cinco canções dos midas Neptunes, é talvez tão bom quanto "Doggystyle". De voz molenga e sincopada, Snoop se afasta do rap de batidas pesadas e investe muito no r&b. Mas o disco tem quase 20 canções, e Snoop não é gênio a ponto de manter a qualidade sempre lá em cima.
POR QUE OUVIR: Apenas "Drop It Like It's Hot" já valeria o disco. Mas tem mais. (THIAGO NEY)
GRAVADORA: Universal. QUANTO: R$ 38, em média.

Samba
JORGE ARAGÃO AO VIVO 3
   
JORGE ARAGÃO
Excelente músico, cantor e compositor, Jorge Aragão tem diluído seu talento em discos previsíveis, voltados para a manutenção de seu sucesso, consolidado após duas décadas de muita luta. Este novo é o quarto "ao vivo" em cinco anos, abuso de uma fórmula que deu certo. Ainda assim, clássicos de Aragão como "Logo Agora" e "Tendência" e do samba em geral como "Estrela de Madureira" sempre valem ser ouvidos.
POR QUE OUVIR: Aragão é um intérprete competente e carismático, que cativa em músicas suas como "Quintal do Céu" e "Resto de Esperança" e em sucessos alheios como "O Negócio é Amar" (Carlos Lyra/Dolores Duran) e "Você Abusou" (Antonio Carlos/Jocafi). (LUIZ FERNANDO VIANNA)
GRAVADORA: Indie Records.
QUANTO: R$ 25, em média.

Rock
BUBBLEGUM
      
MARK LANEGAN BAND
À frente do extinto Screaming Trees, Mark Lanegan era uma espécie de Tom Waits da geração grunge, seja pelo vozeirão rouco, seja pelo seu nebuloso universo de cigarros e bebidas. Ao mesmo tempo, desenvolvia uma interessante carreira solo, que atinge seu melhor ponto nesse "Bubblegum". Com um rock mais lento e experimental, ele recebe convidados como PJ Harvey, Josh Homme e Nick Oliveri (ambos do Queens of the Stone Age) e os ex-Guns N" Roses Izzy Stradlin e Duff McKagan.
POR QUE OUVIR: Os convidados do álbum refinam a já poderosa música de Lanegan. (BRUNO YUTAKA SAITO)
GRAVADORA: Sum. QUANTO: R$ 30, em média.

Rock ROCK'N'ROLL CIRCUS    
ROLLING STONES E CONVIDADOS
Você já ouviu falar disto aqui. O show produzido pelos Stones em 1968, que reuniu gente como John Lennon, Eric Clapton, Who e Jethro Tull e que foi arquivado porque Mick Jagger-&-cia.-foram-mal-enquanto-todos-os-outros-foram-bem. É verdade: se tivesse saído na época, já teria aura de marco do rock, mas seria um anticlímax para a banda. O tino comercial esperou o tempo, e a jóia ficou mais rara.
POR QUE ASSISTIR: O Dirty Mac é a maior superbanda da história (Lennon, Richards, Clapton), Pete Townshend faz você ver até a Yoko Ono com simpatia e, para os modernos, Fatboy Slim remixou "Simpathy for the Devil". (MÁRVIO DOS ANJOS)
GRAVADORA: Universal. QUANTO: R$ 60, em média.

Pop
THE SINGLES
   
A-HA
A perspectiva histórica pode fazer mal ao A-Ha: ouvido hoje, o som pode soar superficial, como boa parte da tecladaria fácil que imperou nos anos 80. Mais apropriado é perceber que o trio norueguês, surgido em 1983, tinha uma marca na bela voz de Morten Harket (espécie de Chris Isaak de Oslo), e soube traduzir com certo talento o que era "requinte" em sua década, quando foram considerados gênios e varreram as rádios com seu pop.
POR QUE OUVIR: "Take on Me" ainda é um grande hit de pista, "Touchy" inspira uma nostalgia decente e a melodia de "Hunting High and Low", essa sim, é lapidar. (MDA)
GRAVADORA: Warner. QUANTO: R$ 35, em média.

Jazz
LIVE AT THE MONTRÉAL JAZZ FESTIVAL
  
DIANA KRALL
Diana Krall é muito melhor cantora de clássicos do que líder de um quarteto de jazz. Se o DVD anterior, "Live in Paris", enfocava a primeira, amparada por orquestra regida pelo mago Claus Ogerman, neste novo atua a segunda, pianista à frente do meio-campo guitarra-baixo-bateria. Dos standards, sobram "All or Nothing at All" e "East of the Sun", mas predominam as parcerias de Krall com o namorado, Elvis Costello. Os ângulos repetitivos da filmagem e a carência de extras enfraquecem o DVD.
POR QUE OUVIR: A beleza e a voz rouca de Krall são motivos para se perder uma hora de vida. Há bons momentos nas versões de "Stop This World" e "Temptation". (LFV)
GRAVADORA: Universal. QUANTO: R$ 55, em média.


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