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FILMES
TV ABERTA
"Ameaça Virtual" mitifica figura dos hackers
Caçadores de Sucesso
SBT, 14h15.
(The Right Connections). EUA,1997, 120
min. Direção: Chuck Vinson. Com MC
Hammer, Melissa Joan Hart. Amigo
rapper ajuda quatro garotos pobres a
vencer um concurso de hip hop, de
maneira a ajudar a mãe deles,
desempregada. O quadro social é
interessante, mas nisso ficamos.
Férias em Roma
SBT, 16h.
(When in Rome). EUA, 2002, 94 min.
Direção: Steve Purcell. Com Mary Kate
Olsen, Ashley Olsen. As irmãs Olsen vão a
Roma para estagiar numa empresa.
Depois de serem hostilizadas e
dispensadas por um supervisor, elas se
dão bem ao conhecerem o dono da
companhia. Ah, esses donos são mesmo
sempre muito legais.
McQuade, o Lobo Solitário
Record, 22h15.
(Lone Wolf McQuade). EUA, 1983, 107
min. Direção: Steve Carver. Com Chuck
Norris, David Carradine. Norris emula o
faroeste espaguete e sai de escopeta na
mão atrás da quadrilha de David
Carradine. Só para fãs -se é que eles
ainda agüentam.
Luxúria e Ganância
Bandeirantes, 2h30.
(Madam Savant). EUA, 1996, 89 min.
Direção: Mike Marvin. Com Kira Reed,
Bianca Rocilli. Depois que o marido a
pilha com outro, mulher separa-se,
muda de cidade e passa sua primeira
noite numa festa de bordel. A polícia
invade o local, ela fica com uma
caderneta de endereços da madame (a
cafetina). Esta morre, a garota descobre
que a caderneta é o equivalente a ouro.
Assunto não falta, mas este filme só tem
fama de ter mulheres bonitas, o que já é
alguma coisa.
Ameaça Virtual
SBT, 3h.
(AntiTrust). EUA, 2000, 110 min. Direção:
Peter Howitt. Com Ryan Phillippe,
Rachael Leigh Cook, Tim Robbins.
Phillippe é o jovem gênio da
computação que aceita proposta para
trabalhar com o bilionário Robbins.
Talvez por sua atividade intensa como
hacker, não tenha assistido a muitos
filmes e não desconfie que propostas
magníficas vindas de milionários sempre
encobrem intenções para lá de
sinistras.
(INÁCIO ARAUJO)
TV PAGA
DOCUMENTÁRIO
"Labirinto do Brasil" revê o mito de Glauber
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Glauber Rocha morreu em 1981,
mas em termos audiovisuais pode-se dizer que seu enterro foi
apenas em 2004, quando estreou
nos cinemas o documentário
"Glauber, o Filme - Labirinto do
Brasil", de Silvio Tendler.
Há, primeiro, o fator concreto.
Durante anos, a filmagem do enterro, a cargo de Tendler, ficou na
gaveta, embargada pela mãe de
Glauber, dona Lúcia. O "grande"
público, portanto, pôde apenas
assistir ao velório e ao enterro do
cineasta nas telas recentemente.
O outro fator, de ordem mais
abstrata, vem de um fato simples:
quem, hoje, sabe quem foi Glauber Rocha? Se em 1981 o cineasta
ia embora junto com a ressaca de
um período histórico decisivo para o Ocidente, nos anos 2000 parece não haver mais espaço para
qualquer herança do projeto histórico/político/artístico de uma
voz latino-americana representada pelo diretor de "Terra em
Transe" (1967).
Nessa lógica, "Labirinto do Brasil" é, antes de um documentário
sobre Glauber, um filme sobre o
passar do tempo, e tudo a ele relacionado: memória, morte, envelhecimento, decadência etc. Para
atingir seu objetivo, comporta
dois filmes dentro de si. Há o lado
formal, que esbarra nos documentários tradicionais que mais
parecem uma ficha policial do retratado. Neste aspecto, o filme
tenta preencher a lacuna óbvia
para o público jovem, que desconhece Glauber -e até para a nova
geração de profissionais do cinema brasileiro, que se orgulha de
não reverenciar sua obra.
E há outro filme dentro do filme, que é o velório/ enterro. Melancólicas/tristes como são essas
ocasiões, essas cenas parecem
perguntar o tempo todo quem,
afinal, é que está sendo enterrado.
Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil
Quando: hoje, às 12h, no Canal Brasil
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