São Paulo, sábado, 25 de fevereiro de 2006

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FILMES

TV ABERTA

"Ameaça Virtual" mitifica figura dos hackers

Caçadores de Sucesso
SBT, 14h15.  

(The Right Connections). EUA,1997, 120 min. Direção: Chuck Vinson. Com MC Hammer, Melissa Joan Hart. Amigo rapper ajuda quatro garotos pobres a vencer um concurso de hip hop, de maneira a ajudar a mãe deles, desempregada. O quadro social é interessante, mas nisso ficamos.

Férias em Roma
SBT, 16h.  

(When in Rome). EUA, 2002, 94 min. Direção: Steve Purcell. Com Mary Kate Olsen, Ashley Olsen. As irmãs Olsen vão a Roma para estagiar numa empresa. Depois de serem hostilizadas e dispensadas por um supervisor, elas se dão bem ao conhecerem o dono da companhia. Ah, esses donos são mesmo sempre muito legais.

McQuade, o Lobo Solitário
Record, 22h15.  

(Lone Wolf McQuade). EUA, 1983, 107 min. Direção: Steve Carver. Com Chuck Norris, David Carradine. Norris emula o faroeste espaguete e sai de escopeta na mão atrás da quadrilha de David Carradine. Só para fãs -se é que eles ainda agüentam.

Luxúria e Ganância
Bandeirantes, 2h30.  

(Madam Savant). EUA, 1996, 89 min. Direção: Mike Marvin. Com Kira Reed, Bianca Rocilli. Depois que o marido a pilha com outro, mulher separa-se, muda de cidade e passa sua primeira noite numa festa de bordel. A polícia invade o local, ela fica com uma caderneta de endereços da madame (a cafetina). Esta morre, a garota descobre que a caderneta é o equivalente a ouro. Assunto não falta, mas este filme só tem fama de ter mulheres bonitas, o que já é alguma coisa.

Ameaça Virtual
SBT, 3h.  

(AntiTrust). EUA, 2000, 110 min. Direção: Peter Howitt. Com Ryan Phillippe, Rachael Leigh Cook, Tim Robbins. Phillippe é o jovem gênio da computação que aceita proposta para trabalhar com o bilionário Robbins. Talvez por sua atividade intensa como hacker, não tenha assistido a muitos filmes e não desconfie que propostas magníficas vindas de milionários sempre encobrem intenções para lá de sinistras. (INÁCIO ARAUJO)

TV PAGA

DOCUMENTÁRIO

"Labirinto do Brasil" revê o mito de Glauber

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Glauber Rocha morreu em 1981, mas em termos audiovisuais pode-se dizer que seu enterro foi apenas em 2004, quando estreou nos cinemas o documentário "Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil", de Silvio Tendler.
Há, primeiro, o fator concreto. Durante anos, a filmagem do enterro, a cargo de Tendler, ficou na gaveta, embargada pela mãe de Glauber, dona Lúcia. O "grande" público, portanto, pôde apenas assistir ao velório e ao enterro do cineasta nas telas recentemente.
O outro fator, de ordem mais abstrata, vem de um fato simples: quem, hoje, sabe quem foi Glauber Rocha? Se em 1981 o cineasta ia embora junto com a ressaca de um período histórico decisivo para o Ocidente, nos anos 2000 parece não haver mais espaço para qualquer herança do projeto histórico/político/artístico de uma voz latino-americana representada pelo diretor de "Terra em Transe" (1967).
Nessa lógica, "Labirinto do Brasil" é, antes de um documentário sobre Glauber, um filme sobre o passar do tempo, e tudo a ele relacionado: memória, morte, envelhecimento, decadência etc. Para atingir seu objetivo, comporta dois filmes dentro de si. Há o lado formal, que esbarra nos documentários tradicionais que mais parecem uma ficha policial do retratado. Neste aspecto, o filme tenta preencher a lacuna óbvia para o público jovem, que desconhece Glauber -e até para a nova geração de profissionais do cinema brasileiro, que se orgulha de não reverenciar sua obra.
E há outro filme dentro do filme, que é o velório/ enterro. Melancólicas/tristes como são essas ocasiões, essas cenas parecem perguntar o tempo todo quem, afinal, é que está sendo enterrado.


Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil
Quando:
hoje, às 12h, no Canal Brasil



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