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CRÍTICA
Sensualidade inclassificável
da Redação
Não há como inserir os
Cardigans em qualquer
movimento, gênero, tendência ou rótulos. Eles são
os Cardigans, únicos.
Isso é um feito no final de
uma década que pulverizou
e multiplicou os formatos e
correntes da música pop. Se
a "novidade" em "Gran Turismo" é o uso pelos suecos
de sons eletrônicos, isso
não é notícia em 1999. É o
caminho natural de qualquer banda pop, sem alarmes nem surpresas.
Saem os roquinhos de sonoridade alegre e letras tristes, como "Lovefool", e entram melodias mais melancólicas com letras tão ou
mais reflexivas.
Os Cardigans apenas deixaram de ser deliciosamente contraditórios na relação
música-letra e abraçaram a
coerência melancolia-tristeza de modo belo, como
seus integrantes.
Não é trip hop, mas há
ecos dele; não é folk nem retrô, mas, sim, há sombras
de ambos por toda parte.
Arrependimentos, amores platônicos e rompidos.
Tudo na voz absurdamente
sueca e sensual (mais uma
contradição) da afável Nina
Persson e instrumentos
bem orquestrados.
"Tempos de mudança/
uma geração estranha/ explicações nunca chegam a
tempo/ então estou deixando tudo para trás" ("Starter") ou "Tudo bem que você me queira do seu jeito,/
mas no fim sou sempre eu
sozinha/ eu estou perdendo
meu jogo favorito/ você está
perdendo a cabeça de novo" ("Favourite Game") arregaçam os anos 90, a década sem rostos.
Cuja banda mais cool e fofa é os Cardigans.
(MN)
Disco: Gran Turismo
Banda: The Cardigans
Lançamento: PolyGram
Quanto: R$ 18, em média
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