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Brasil verá Tratado
de Tordesilhas
da Reportagem Local
Antes da carta de Pero Vaz de
Caminha, que será exibida a partir do dia 23 de abril, na Mostra do
Redescobrimento, no parque Ibirapuera, em São Paulo, o Brasil
poderá ver outro documento de
grande importância para a história do país: o original do Tratado
de Tordesilhas, que será exibido
na mostra Brasil 500 Anos - Descobrimento e Colonização.
A mostra será inaugurada em
São Paulo, no Masp, no dia 1º de
abril, e apresentará cerca de 200
pinturas, desenhos, mapas e documentos históricos.
O Tratado de Tordesilhas é o
destaque do primeiro dos quatro
módulos da mostra, que exibe
ainda a carta do Mestre João, um
navegador da esquadra de Cabral.
Os dois documentos vêm da Torre do Tombo, em Lisboa, que
também conserva a carta de Caminha.
Outro destaque desse módulo é
o quadro "O Inferno", de um
mestre português anônimo do século 16, que representa o demônio na figura de um índio. A obra
pertence ao Museu de Arte Antiga
de Lisboa. Além das obras das
duas instituições portuguesas, a
mostra contará com obras do
acervo do Masp, de autores como
Frans Post, Thomas Ender, Victor
Meireles e Ernesto del Fiori, entre
outros.
O segundo módulo, composto
basicamente por mapas, será dedicado ao desenvolvimento da
imagem cartográfica do país. O
terceiro módulo trará imagens de
vilas e cidades do Brasil colonial e
o quarto será centrado na paisagem urbana brasileira.
O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 1494 e determinava
que Portugal e Espanha dividiriam entre si as novas terras descobertas. Portugal ficaria com a
parte a leste de uma linha imaginária de norte a sul localizada a
370 léguas de Cabo Verde. O tratado foi ratificado por uma bula
papal em 1506, mas não foi respeitado nos séculos seguintes, principalmente pela ação dos bandeirantes, que avançaram rumo ao
oeste.
(CF)
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