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São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2003

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Eletronika respira ar francês

Divulgação
O francês Fred Landier, que se apresenta como Rubin Steiner


BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Há um ponto em que as conexões entre o jazz, o punk, a eletrônica e o hip hop tornam-se possíveis. O caos sonoro vem de um homem só e responde pelo nome -francês- Fred Landier, ou melhor, pelo projeto/pseudônimo Rubin Steiner, atração da terceira noite do festival Eletronika, que acontece de 1º a 4 de maio em Belo Horizonte.
Nome que passa também por Curitiba e São Paulo (veja quadro com a programação), Rubin Steiner é uma espécie de ponta do iceberg de uma produção eletrônica francesa ofuscada por figurões como Air e Daft Punk.
"A verdadeira cena francesa vem de pessoas que fazem uma música nunca ouvida antes, como Mr. Neveux, Olaf etc.", diz Landier à Folha. "É apenas diversão, sem fama e sem hype."
No CD "Wunderbar Drei" (2002, também lançado no Brasil), o francês extrai uma verdadeira orquestra de seu computador. Em determinados momentos, é como se o De La Soul tocasse para Herbie Hancock.
"Não há samples nem músicos de verdade. Os pianos, vibrafones, cordas e trompetes são sintéticos, é a mágica da informática."
Landier é, na verdade, um agitador cultural local que já produziu fanzines de música alternativa, comandou um programa de rádio e trabalhou com uma companhia de dança, além de tocar em sua própria banda, a electro-punk Merz. Desse projeto nasceu Rubin Steiner, palavras que "não significam nada", segundo ele.
No Brasil, Landier tocará com o Rubin Steiner Quartet, grupo que inclui um baixista, um trombonista, um VJ, além de efeitos eletrônicos e um teremim comandados por ele mesmo. "Ao vivo, as músicas são reinventadas e mais dançantes." Para Landier, o mais complicado é explicar como as diferentes referências resultam no seu som. "Música é como um jogo, uma recreação", explica.


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