São Paulo, sexta, 25 de abril de 1997.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Arósio ainda será atriz"

da Reportagem Local

"Essa menina ainda vai ser uma atriz. Tem 20 anos. Quando tiver 40...", sussurra Antonio Abujamra, sobre Ana Paula Arósio.
Faz uma pausa e pensa. "Daqui a 20 anos não, daqui a três ela será uma atriz", retifica o diretor, durante um ensaio de "Fedra", no momento em que Hipólito, o guerreiro filho de Teseu, por quem Fedra se apaixona, entra em cena.
Interpretado por Ana Paula Arósio, Hipólito assume um ar frágil, apesar da dureza que ela procura imprimir no olhar e na expressão.
Para a atriz e modelo Ana Paula, que até então interpretou papéis femininos e menores, é um desafio fazer papel de um homem em uma tragédia grega. "Sempre quis fazer tragédia. Adoro drama. Tinha vontade de fazer um texto denso."
Para ela, é "maravilhoso" ser dirigida por Antonio Abujamra. "Ele é um diretor que obriga o ator a agarrar o personagem." Quando ele a convidou para fazer "Fedra", ela não teve dúvidas: "Disse a ele que participaria, nem que fosse para varrer o palco".
Arósio aposta em "Fedra" como um divisor de águas em sua carreira. "As pessoas ainda acham que sou modelo apenas. Já que era para dar a cara para bater, entrei de cabeça em `Fedra'." (DR)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright 1997 Empresa Folha da Manhã