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ÓPERA
Concerto de árias terá sete cantores e orquestra de Munique
Soprano Daniela Longhi abre
a temporada do Mozarteum
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha
A soprano italiana Daniela Longhi está entre os sete cantores que
se apresentam com a Orquestra da
Rádio de Munique, regida por
Gustav Kuhn, no concerto de árias
e cenas de óperas italianas que abre
a temporada do Mozarteum Brasileiro em maio.
Longhi é velha parceira do maestro Kuhn, com o qual fez ``La Traviata'' na Arena de Verona. Em
disco, seu maior sucesso foi o papel de Leonora na ópera "Il Trovatore" de Verdi, pelo selo Naxos.
Antes de sua primeira viagem ao
Brasil, Longhi falou à Folha de Verona (Itália), onde mora.
Folha - Quais as diferenças entre
cantar uma ópera encenada e fazer um concerto de árias?
Daniela Longhi - Para mim, o
concerto é mais exigente, porque
está centrado na parte mais difícil
da ópera, que são as árias. Faço recitais, mas prefiro a ópera, pois tenho a oportunidade de atuar.
Folha - No Brasil, você vai cantar
a ária final do primeiro ato da
"Traviata". Qual a principal dificuldade dessa ópera?
Longhi - Dizem que, para fazer
esse papel, são necessárias três sopranos: ligeiro, lírico e dramático.
Tecnicamente, a escrita de Verdi é
muito difícil. Costumo fazer papéis dramáticos, como Aida. Entretanto, graças a minha experiência no belcanto, consigo cantar as
coloraturas da "Traviata".
Folha - Você conhece o compositor brasileiro Carlos Gomes?
Longhi - Sim. Gostaria de cantar alguma coisa dele, mas nunca
me propuseram. Estou com duas
propostas para participar de óperas no Brasil, em São Paulo e no
Rio de Janeiro, ainda em 97.
Espetáculo: Árias e cenas de óperas com a
Orquestra da Rádio de Munique
Onde: Teatro Municipal (pça. Ramos de
Azevedo s/nš; tel. 011/222-8698)
Quando: 7 e 8 de maio
Quanto: R$ 30 a R$ 120
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