São Paulo, sexta-feira, 25 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica/"Nome de Família"

Cineasta usa tintas "locais" em longa aborrecido

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

Q uando Hollywood se convence de que deve se tornar global, é hora de desconfiar. Após décadas de expansionismo, títulos recentes têm ido a outros lugares com propostas que não se resumem à tintura de uma cor local. A cliente da vez é a Índia, no aborrecido "Nome de Família". A diretora, Mira Nair, já havia retornado às origens em "Um Casamento à Indiana". E lá volta como ponto de partida para esta crônica, da emigração do casal para os EUA até o nascimento do primogênito, Gogol, que desafia os padrões com atitudes ocidentalizadas. Mas um dia a vida lhe ensinará que a tradição é a guarda da verdade. A proposta não seria incômoda não fosse a excessiva demonstração das vantagens do multiculturalismo, diluído como valor intrinsecamente positivo. Nair converte seus personagens em autômatos, peças de um xadrez armado pelo roteiro.


NOME DE FAMÍLIA
Direção:
Mira Nair
Produção: Índia/EUA, 2006
Com: Irfan Khan, Kal Penn
Quando: estréia hoje nos cines Bristol, Reserva Cultural e circuito
Avaliação: ruim



Texto Anterior: Crítica/"O Tigre e a Neve": Populismo estraga filme de Benigni
Próximo Texto: Crítica/"Escola do Riso": Japonês alcança bom resultado com poucos elementos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.