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Brian Eno, que está em "Palavras para os Que Estão Morrendo"

da Redação

Em 89, o ex-integrante do Velvet Underground John Cale colocou em ação o seu projeto de transformar em música quatro poemas do escritor Dylan Thomas, seu conterrâneo do País de Gales (Reino Unido).
Chamou para a produção o multiinstrumentista Brian Eno, e gravaram juntos em três países e em oito dias o trabalho "Words for the Dying".
Mais de dez anos depois de sua realização, o Brasil assiste ao documentário "Palavras para os Que Estão Morrendo", que cobre os três momentos dessa gravação, em Moscou, Londres e Cardiff (no País de Gales), dentro do ciclo Evidência, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.
Diferentemente dos vídeos de bastidores que são comercializados por artistas da música pop, este registra instantes realmente íntimos dos músicos, muitos à revelia, principalmente de Eno, que impôs restrições à realização do documentário.
Em um trabalho autoral, o diretor Rob Nilsson e a sua equipe penetram com duas câmeras em situações tensas, como a dificuldade de passar os conceitos subjetivos da música criada por Cale à Orquestra Sinfônica e de Música Popular de Gosteleradio (Rússia).
A presença de uma equipe de gravação (que aparece a todo momento, dá comentários e é desprezada por Eno) começa a se tornar um empecilho no clima sério da gravação. Mas aí é que está a graça no documentário de Nilsson.
Apesar de não ser bem-vindo, de interferir no trabalho de Cale e Eno e de gerar reações constrangedoras, ele sabe se aproveitar da situação e mostrar de maneira impecável o passo a passo do processo de composição de "Words for the Dying". (LEANDRO FORTINO)
Ciclo: Evidência - Arte e Cultura Contemporânea em Vídeo Programa: John Cage - Eu Não Tenho Nada para Dizer, Mas Estou Dizendo; Paul Auster; e John Cage e Brian Eno - Palavras para os Que Estão Morrendo" Quando: de hoje a domingo; sessões às 18h e às 19h30 Onde: MIS (av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, tel. 011/280-0896) Quanto: entrada franca Patrocinador: Petrobras


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