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Memórias de Zé Ninguém em NY viram filme
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalista inglês Toby Young
é um exemplo bem-humorado de
uma vítima do "desejo de status"
que deu a volta por cima, tornando-se uma celebridade pouco ortodoxa. Em seu livro "Como Fazer Inimigos e Alienar Pessoas",
lançado no ano passado pela editora Record, Young narra suas
desventuras como repórter da
"Vanity Fair" em Nova York, em
1995, quando, em busca de fama
(e mulheres bonitas), foi várias
vezes barrado pelas "nazistas das
pranchetas" (como ele apelidava
as recepcionistas de festas), levou
um fora de Mel Gibson numa das
poucas festas em que entrou e
acabou demitido por Graydon
Carter, o editor da revista, que o
havia convidado para trabalhar lá.
O livro foi best-seller na Inglaterra, virou peça com algum sucesso em Londres e, em 2006, chegará às telas. Antes disso, em novembro, Young lançará "The
Sound of No Clapping Hands - A
Memoir" (o som de mãos que não
aplaudem, em tradução livre),
continuação do primeiro livro,
em que conta, entre outras coisas,
sua experiência em Los Angeles
como roteirista de um filme que
nunca chegou a ser feito. Sua
atuação numa peça que foi arrasada pela crítica. Ou ainda sua
participação num "reality show" a
que ninguém assistiu. Uma editora brasileira já está de olho na publicação do livro por aqui.
Em tempo: Toby é filho de Michael Young, político britânico
que em 1958 criou o termo "meritocracia" no livro "The Rise of
Meritocracy". A palavra dá nome
a um capítulo do livro de Alain de
Botton, na parte em que o autor
fala das causas do "desejo de status". Segundo Young, o pai, o livro era uma espécie de sátira profética sobre o que aconteceria se,
nas sociedades modernas, a educação formal viesse a superar outras qualificações que as pessoas
tivessem. A conseqüência seria,
para ele, uma permanente rejeição àqueles que não conseguissem caminhar para a frente em
sua formação.
(ES)
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