|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
México celebra Frida Kahlo, 100
Exposição retrospectiva no museu do Palácio de Bellas Artes é principal evento de comemoração
Três grandes mostras acontecem nos Estados Unidos a partir de outubro; Cuba também prepara homenagem
GABRIELA LONGMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde a abertura da mostra
ao público, no último dia 13,
mais de 30 mil pessoas passaram para "visitar" Frida Kahlo
no museu do Palácio de Belas
Artes, na Cidade do México.
Reunião de 354 peças, agrupada por cinco curadores, a retrospectiva "Frida Kahlo 1907-2007: Homenagem Nacional" é
o principal evento comemorativo do centenário de nascimento da pintora mexicana,
em 13 julho de 1907. No domingo, dia em que a entrada é gratuita, o museu recebeu mais de
8.000 pessoas.
Frida morreu em 1954, depois de uma vida cercada de dificuldades com a saúde e episódios dramáticos (leia texto ao
lado). Outras pequenas mostras, peças teatrais e debates
acontecem paralelamente,
num ano que também relembra a efeméride de 50 anos de
morte de Diego Rivera (1886-1957), pintor e muralista mexicano, marido de Frida.
"Uma das idéias da mostra é
diminuir a distância entre Frida Kahlo e o povo mexicano,
dessacralizá-la", disse à Folha
Roxana Velásquez Martínez
del Campo, diretora do museu
e uma das curadoras da mostra
com Juan Rafael Coronel Rivera -neto de Diego Rivera-, Salomón Grinberg, Cristina Kahlo e Américo Sánchez.
Para essa "aproximação", a
equipe procurou mostrar lados
menos conhecidos da artista,
para além da pintura a óleo
-há salas especiais para gravuras, desenhos e documentos.
"Fizemos, por exemplo, uma
sala em que cartas escritas por
Frida caem dependuradas por
fios desde o teto. Em vez de fechá-las em vitrines de vidro, fizemos com que as pessoas pudessem tocar esses documentos", disse Roxana.
Muitas cartas e fotos importantes, porém, ficaram de fora
da retrospectiva por não poderem sair da Casa Azul, imóvel
onde Frida nasceu e viveu, posteriormente transformado em
museu e centro de documentação. As obras reunidas na mostra chegam na maioria emprestadas de 70 museus e coleções
particulares -a maior parte
deles nos EUA.
"Frida morou nos Estados
Unidos na década de 30 e nesse
período vendeu muitas obras
aos americanos", diz a curadora. Três grandes mostras -no
Walker Art Center, em Minneapolis, no Philadelphia Museum of Art e no San Francisco
Museum of Modern Art-
acontecem a partir de outubro
deste ano e ao longo de 2008.
"As exposições comemorativas
na Europa devem ficar para
2009", prevê a curadora.
À cubana
Cuba também prepara sua
homenagem à pintora e seu
marido. Concebida pela cineasta Sussette Martínez, a seqüência de eventos entre 6 de julho e
24 de novembro prevê oito atividades principais, entre elas a
exposição "Viva a Vida", de 40
artistas mexicanos, e a apresentação da peça teatral "Fitas
de Seda", de Jorge Espinosa.
Texto Anterior: Obra clássica de Eisner é relançada Próximo Texto: Saiba mais: Pintora sofreu acidente grave aos 18 anos Índice
|