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FESTIVAL
Mostra apresenta retrospectiva do diretor egípcio Youssef Chanine
Novo filme de Allen inicia hoje 36º Festival de Cinema de NY
AMIR LABAKI
de Nova York
"Celebridade", a poderosa comédia sobre a fama de Woody
Allen, abre nesta noite no Lincoln Center o 36º Festival de Cinema de Nova York.
É o principal evento fílmico da
cidade. O mais exclusivo também. Descontadas a retrospectiva e as sessões de clássicos, menos de 30 longas disputam até o
próximo dia 11 a atenção dos cinéfilos de Manhattan. Contas
feitas, dos melhores filmes da
fraca safra 98, apenas "A Vida É
Bela", de Roberto Begnini, e
"Central do Brasil", de Walter
Salles, não participam do festival. Ambos preparam-se para
estrear nos EUA, de olho na corrida pelo Oscar.
O Brasil marca presença na seleção de curtas com "Todo o Dia
Todo", de Flávio Frederico.
Não-competitivo, o festival
tem sido, em suas quase quatro
décadas, a grande vitrine nova-iorquina para o cinema internacional. Sua importância só cresceu no período. "Há 30 anos havia um circuito muito mais saudável de cinemas de arte e alternativos para a exibição de filmes
estrangeiros", reconhece Richard Pesa, diretor do festival.
Uma vaga na seleção não tem
preço. É meio caminho para
uma possível distribuição comercial no hiper-restrito mercado americano para produções
em língua não-inglesa.
Um exemplo deste ano: o principal cineasta egípcio, Youssef
Chanine, 72 anos, 37 longas nas
costas, Prêmio Especial pela carreira na celebração do cinquentenário de Cannes (1997), jamais
teve qualquer de seus filmes exibido comercialmente nos EUA.
O festival o homenageia com
uma retrospectiva de 13 títulos.
Seu mais recente filme, "O Destino", faz parte do lote. Já tem estréia marcada aqui no mês que
vem. É simples assim.
A força do evento repousa nesse papel de cunha cosmopolita
no xenófobo mercado fílmico
americano, ocupado em mais de
95% por Hollywood e, nas franjas, pelos independentes. Porém, uma menor abrangência de
nacionalidades marca a seleção
deste ano. EUA e França dominam a lista. Contam-se apenas
um longa africano, três asiáticos
e nenhum latino-americano.
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