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JOSÉ SIMÃO
Buemba! Buemba! Silvester Maluffone em "ROMBO 2"
Buemba! Buemba! Macaco
Simão Urgente! O braço armado da gandaia nacional! Animado mesmo está sendo acompanhar as eleições presidenciais pra
ver quem vai governar o Brasil
nos próximos anos: Bush ou Gore.
E voltou a paridade. Um PAR de
real igual a um dólar.
O dólar subiu? E Miami cada
vez mais longe. Como diz uma
amiga minha: "Agora vou ter de
me contentar com Canoa Quebrada. Vou comprar um CD do
Manu Chao e vou pra Canoa
Quebrada". Eu não disse que a
única coisa que vinha da Argentina era frente fria?
E o bondinho do Pão de Açúcar? Até o bondinho emperrou. E
Sandy e Júnior no Rock in Rio?
Antes era Cazuza e Scorpions.
Agora é Sandy e Júnior. Patricinhas in Rio!
E como enfrentar o calor em
Sampa? Fazendo como aquela
que abriu a janela, estendeu a
toalha no telhado do vizinho e ficou bronzeando a periquita. Essa
vai votar em Marta! É permissiva.
Ontem o Malufasto (mistura de
Maluf com nefasto) xingou a
Marta de permissiva. Permissiva?
Aí eu corri pra padaria pra fazer
um Datapadaria: "Quem sabe o
que é permissiva?". E os caras: "O
que é isso? Vende de quilo?".
E tá correndo na Internet um
cartaz de cinema com a cara do
Maluf: Silvester Maluffone em
"ROMBO 2". O óme tá parecendo
o Dragão da Moral. Uma mistura
de TFP com esquadrão da morte!
Socuerro! Yo quiero volver a Miami! E o Malufrango diz que vai
trazer todas as coisas boas de Nova York caso seja eleito. Não dava
pra ser o contrário? Mandar a
gente pra lá caso ele seja eleito?
E, em São Paulo, é assim: outubro ou nada. Ou não acontece nada ou engarrafa tudo em outubro: Mostra com Free Jazz. Cultura também dá estresse. Principalmente se você prestar atenção!
Mostra Internacional de Cinema! Aquele monte de filme cabeça. Ou seja, um monte de gente
pelada discutindo. Eu só não vou
à Mostra porque aqueles filmes
não combinam com baldão de pipoca! O bom da Mostra é que,
tanto homem quanto mulher
usam bolsa a tiracolo. E o ruim
consta de três coisas: fila, filme e
ter de dizer uma coisa inteligente
na saída. Essa é a pior. Já imaginou a agonia: o filme acabando e
você ainda não bolou uma frase
inteligente pra dizer na saída?
E, todo ano, eu defino a Mostra
assim: um filme estranho passado
num lugar estranho falado numa
língua estranha e assistido por
uma gente escalafobética. Mas
não sou radical. Adoro a Mostra.
Não sou como uma amiga que
disse: "Se você me vir entrando na
Mostra, pode chamar a polícia
que é sequestro". Hoje, só amanhã. Vai indo que eu não vou.
E-mail: simao@uol.com.br
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