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Glenn Hughes quer provar que
o hard rock ainda tem fôlego
MARCELO MOREIRA
da Reportagem Local
O cantor inglês Glenn Hughes,
que já dividiu os vocais com David Coverdale no Deep Purple nos
anos 70 e que tentou ressuscitar o
Black Sabbath uma década depois, vem ao Brasil pela terceira
vez, mas tocará pela primeira de
forma decente.
Um dos artistas mais respeitados do rock pesado, Hughes vive
o melhor momento de sua carreira: "The Way It Is", seu melhor
CD gravado nos anos 90, liderou
várias paradas na Europa e foi
lançado no fim de setembro nos
EUA, onde foi bem avaliado.
"Nunca um trabalho solo meu
havia sido tão bem recebido nos
EUA. Estava meio receoso, já que
lá o rock pesado não está em alta",
disse o cantor, que também toca
baixo. "The Way It Is" será a base
do repertório do show de hoje no
Tom Brasil, em São Paulo.
A boa fase do cantor se reflete
em número de atividades: após a
turnê sul-americana (tocou no
Uruguai, na Argentina e anteontem em Recife), engata turnê européia ao lado do guitarrista Michael Schenker (ex-Scorpions e
UFO) e prepara o lançamento do
segundo CD gravado com o guitarrista norte-americano Pat
Thrall (ex-Asia). A primeira parceria dos dois foi gravada em 82.
"Preciso aproveitar a onda,
após anos tenebrosos no final dos
80. Estou divulgando meu novo
CD, há o trabalho com Pat
(Thrall) e faço participações em
bandas de amigos, como o Niacin
(projeto do baixista Billy Sheehan, do Mr. Big)." Sobre os show
no Brasil, ele admite que pela primeira vez toca aqui "adequadamente". "Toquei em 98 em um
festival em São Paulo. Foi bom,
mas nada como tocar em uma casa noturna próximo do público."
Hughes se referiu ao show no
Philips Monsters of Rock de 98.
Como primeira atração do festival, dominado por bandas de metal, entrou no palco às 15h30, sob
sol forte e som com problemas de
equalização, e foi hostilizado por
roqueiros mais radicais. Em 94,
Hughes esteve em São Paulo para
divulgar o CD "From Now On",
mas não fez shows. Só cantou
quatro músicas em um bar acompanhado por músicos locais.
"O repertório que mostrarei é
especial. Tentarei fazer um grande apanhado de minha carreira e
tocar algumas surpresas", afirmou, insinuando que, além de
suas músicas e as do Deep Purple,
poderemos ter canções do Black
Sabbath, entre outras colaborações do cantor. A atual banda de
Hughes conta com o próprio no
baixo, Jocke Marsh na guitarra,
Hans Zermuehlen nos teclados e
Bob Harsen na bateria.
Show: Glenn Hughes
Onde: Tom Brasil (rua Olimpíadas, 66,
Vila Olímpia)
Quando: hoje, às 21h30
Quanto: R$ 40 (pista) e R$ 60 (camarote)
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