|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comida/Crítica
Em ponto central dos Jardins, Zucco investe na cozinha italiana tradicional
CRÍTICO DA FOLHA
A localização do restaurante Zucco é um dos
seus pontos fortes -o
que não impediu, porém, que
seu ocupante anterior, o Catherine, tivesse vida efêmera.
Mas foi ali também que, por
longos anos, pontificou o francês Café Antique; e é onde começa essa nova história, agora
baseada na cozinha italiana.
Num ponto central dos Jardins, na rua Haddock Lobo, o
restaurante toma partido da
efervescência da área instalando um deque logo na entrada,
aberto para a rua, ao lado de um
lounge que acomoda os clientes
na espera. Vitrine para ver e ser
visto, o lugar fica aberto também durante a tarde, com oferta de drinques e de um cardápio
de foccacia (na forma de minipizzas, com massa fininha, preparadas em um forno a lenha) e
sanduíches.
Vários dos profissionais que
tocam a casa passaram por restaurantes do grupo Fasano,
embora o Zucco trilhe caminhos diferentes. O forno a lenha, os sanduíches e o ambiente descontraído se mesclam a
um bom preparo do serviço e a
uma ambiciosa carta de vinhos.
Propriedade de sócios investidores, a administração do restaurante é tocada pelo paulista
Júlio Diotto, de 32 anos; a gastronomia tem como chef-consultor o baiano Jurandir Meirelles, 37, ex-Gero; e é seu sobrinho, o chef José Meirelles,
27, que vem do Emporio Armani Caffè, quem toca a cozinha
no dia-a-dia.
O cardápio é extenso, baseado em pratos tradicionais italianos, mas vez por outra pontilhado por ingerências brasileiras ou orientais como fusilli ao
molho de pato e curry ou o badejo com purê de mandioquinha. São várias as opções de
massa, como tortelloni de alcachofra com molho de lagostim.
Também há pratos como o
robalo na chapa ao molho de
shiitake e manjericão, com legumes marinados, conjunto
bem delicado e executado; ou o
peito de galinha-d'angola grelhado com lâminas de trufas
negras e o tortelli com recheio
de polenta, bem menos sedutor, mas correto.
Uma das sobremesas, o cestinho de massa doce com figos
flambados no vinagre balsâmico, tem a massa mais grosseira
do que as frutas, bem preparadas. Ao final da refeição, vê-se
que reina uma animação no lugar, compondo um conjunto
convidativo.
(JOSIMAR MELO)
josimar@basilico.com.br
Texto Anterior: Saiba mais: Digestivos já eram usados na Antigüidade Próximo Texto: Zucco Índice
|