São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

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Comida/Crítica


Em ponto central dos Jardins, Zucco investe na cozinha italiana tradicional

CRÍTICO DA FOLHA

A localização do restaurante Zucco é um dos seus pontos fortes -o que não impediu, porém, que seu ocupante anterior, o Catherine, tivesse vida efêmera.
Mas foi ali também que, por longos anos, pontificou o francês Café Antique; e é onde começa essa nova história, agora baseada na cozinha italiana.
Num ponto central dos Jardins, na rua Haddock Lobo, o restaurante toma partido da efervescência da área instalando um deque logo na entrada, aberto para a rua, ao lado de um lounge que acomoda os clientes na espera. Vitrine para ver e ser visto, o lugar fica aberto também durante a tarde, com oferta de drinques e de um cardápio de foccacia (na forma de minipizzas, com massa fininha, preparadas em um forno a lenha) e sanduíches.
Vários dos profissionais que tocam a casa passaram por restaurantes do grupo Fasano, embora o Zucco trilhe caminhos diferentes. O forno a lenha, os sanduíches e o ambiente descontraído se mesclam a um bom preparo do serviço e a uma ambiciosa carta de vinhos.
Propriedade de sócios investidores, a administração do restaurante é tocada pelo paulista Júlio Diotto, de 32 anos; a gastronomia tem como chef-consultor o baiano Jurandir Meirelles, 37, ex-Gero; e é seu sobrinho, o chef José Meirelles, 27, que vem do Emporio Armani Caffè, quem toca a cozinha no dia-a-dia.
O cardápio é extenso, baseado em pratos tradicionais italianos, mas vez por outra pontilhado por ingerências brasileiras ou orientais como fusilli ao molho de pato e curry ou o badejo com purê de mandioquinha. São várias as opções de massa, como tortelloni de alcachofra com molho de lagostim.
Também há pratos como o robalo na chapa ao molho de shiitake e manjericão, com legumes marinados, conjunto bem delicado e executado; ou o peito de galinha-d'angola grelhado com lâminas de trufas negras e o tortelli com recheio de polenta, bem menos sedutor, mas correto.
Uma das sobremesas, o cestinho de massa doce com figos flambados no vinagre balsâmico, tem a massa mais grosseira do que as frutas, bem preparadas. Ao final da refeição, vê-se que reina uma animação no lugar, compondo um conjunto convidativo. (JOSIMAR MELO)

josimar@basilico.com.br


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