São Paulo, segunda, 26 de janeiro de 1998.



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Anastácia é referência

do enviado especial

A inspiração para os figurinos e para a capa do disco da Didá foi tomada do mito da escrava Anastácia, abraçado pela umbanda e negado pelo catolicismo, que não acredita em sua existência.
Anastácia teria sido, no século passado, uma princesa banta, negra e de olhos azuis, que, escravizada, se tornou loquaz e influente entre os escravos. Isso teria feito com que seu senhor a torturasse, a violentasse e colocasse em sua boca uma máscara de flandres, que a impedia de falar -e discursar.
"Ela sofreu por ser bonita e pregar a igualdade. Não admitia ser chamada de escrava, queria ser chamada de princesa. É um espelho para a Didá", define Vivian.
A mitologia religiosa acrescentou à história o dado de que Anastácia fazia milagres -calar as palavras mágicas que produziam seus feitos teria sido, assim, a razão de ser da mordaça de ferro. Anastácia teria morrido de gangrena, por causa da máscara. (PAS)



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