São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

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São Paulo Fashion Week/Outono 2007

Revigorada, Zoomp causa impacto

Grandes grifes comerciais levantam o ânimo na semana de moda; Lino Villaventura vai do futurismo ao rococó, em desfile requintado

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA

VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Grandes marcas comerciais movimentaram o segundo dia da São Paulo Fashion Week. Boas coleções vieram nos desfiles da Ellus e da Cori, mas foi a Zoomp que causou o maior impacto. Depois de uma fase de problemas financeiros e criativos, a marca recebeu injeções de dinheiro e de ânimo, revirou os melhores momentos do seu acervo dos anos 80 e 90 e deu a volta por cima resgatando o DNA da marca.
O preto dominou, e a grife mostrou o que faz de melhor: jeans e peças de alfaiataria básicas, como casacos, sobretudos e jaquetas, inclusive femininas. Coletes e seus desdobramentos foram destaques.
Na divertida coleção da Ellus, chamaram atenção os looks esportivos superamplos, em shapes de casulos com capuzes gigantes, feitos em materiais tecnológicos, como o tecnotafetá furta-cor e os linhos e sedas metalizados. As maxigolas, também presentes em Osklen e Uma, foram outra aposta.
Alexandre Herchcovitch buscou inspiração nos vikings e na Islândia para a sua coleção na Cori. Os looks "esquimó" e os bordados deram certo. Também foram bem-sucedidas as peças básicas -essenciais numa coleção para uma grife comercial-, tanto na série de leggings com blusões de malha e lã sobrepostos quanto nos vestidinhos limpos de alfaiataria.
O requintado desfile de Lino Villaventura, o último do dia, também foi revigorante, viajando do futurismo-barroco ao rococó-fetichista. Os melhores looks foram os primeiros, com vestidos construídos como dobraduras de origami e que resultaram em provocantes imagens de mulheres-mutantes.
A grife Raia de Goeye abriu o dia de desfiles. A coleção, inspirada na tribo indígena norte-americana iroquois, variou entre os comprimentos curtíssimos, que consagraram a marca, e os muito longos. Mas quase nada deu certo. Nos curtíssimos, a grife repetiu fórmulas de sucesso. Nos longos, perdeu a mão com babados pesados e recortes bizarros.


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