São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

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Modelos "de menor" investem no exterior

NINA LEMOS
COLUNISTA DA FOLHA

A modelo Bruna Hort, 15, foi um dos destaques da SPFW da temporada passada. Para uma iniciante, se deu bem: fez 20 desfiles em uma semana, isso com 14 anos.
Nesta edição, com a regra que proíbe modelos de menos de 16 anos de desfilarem (adotada após a morte de Ana Carolina Reston em decorrência da anorexia), Bruna ficou de fora.
O que não quer dizer que ela tenha parado com a carreira para "esperar estar mais madura", como apregoa quem defende a medida. Bruna se prepara para viajar para Nova York. Esse não vai ser o primeiro trabalho internacional da garota. Com 14, foi para o Japão.
O mesmo destino tomará em fevereiro sua colega Bárbara Cavazotti, 15, veterana de São Paulo Fashion Week e barrada neste ano. Bárbara, que estreou no evento de São Paulo com 13 anos, em junho de 2005.
Ela não pode fazer a São Paulo Fashion Week, mas já tem no mínimo cinco desfiles garantidos na semana de moda de Tóquio. "Vai ser bom porque vou poder recuperar o dinheiro que perdi não fazendo a SPFW."
"Mandar as meninas muito novas para o Japão é uma coisa que todas as agências fazem. Existe muito mercado para elas lá", diz Fabio Mendes, booker da Ten. Assim como ele, profissionais das principais agências do Brasil afirmam ter tido prejuízo por causa da medida. "As melhores novidades aparecem com 14, 15 anos", completa.
Apesar de ter visto cinco meninas da Ten -a agência que dirige- deixarem de desfilar nesta SPFW, Laura Vieira aprova a medida adotada em São Paulo. "Uma menina com 14 anos é novinha demais para participar de um evento como esse."


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