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Modelos "de menor" investem no exterior
NINA LEMOS
COLUNISTA DA FOLHA
A modelo Bruna Hort, 15, foi
um dos destaques da SPFW da
temporada passada. Para uma
iniciante, se deu bem: fez 20
desfiles em uma semana, isso
com 14 anos.
Nesta edição, com a regra que
proíbe modelos de menos de 16
anos de desfilarem (adotada
após a morte de Ana Carolina
Reston em decorrência da anorexia), Bruna ficou de fora.
O que não quer dizer que ela
tenha parado com a carreira
para "esperar estar mais madura", como apregoa quem defende a medida. Bruna se prepara
para viajar para Nova York. Esse não vai ser o primeiro trabalho internacional da garota.
Com 14, foi para o Japão.
O mesmo destino tomará em
fevereiro sua colega Bárbara
Cavazotti, 15, veterana de São
Paulo Fashion Week e barrada
neste ano. Bárbara, que estreou
no evento de São Paulo com 13
anos, em junho de 2005.
Ela não pode fazer a São Paulo Fashion Week, mas já tem no
mínimo cinco desfiles garantidos na semana de moda de Tóquio. "Vai ser bom porque vou
poder recuperar o dinheiro que
perdi não fazendo a SPFW."
"Mandar as meninas muito
novas para o Japão é uma coisa
que todas as agências fazem.
Existe muito mercado para elas
lá", diz Fabio Mendes, booker
da Ten. Assim como ele, profissionais das principais agências
do Brasil afirmam ter tido prejuízo por causa da medida. "As
melhores novidades aparecem
com 14, 15 anos", completa.
Apesar de ter visto cinco meninas da Ten -a agência que dirige- deixarem de desfilar nesta SPFW, Laura Vieira aprova a
medida adotada em São Paulo.
"Uma menina com 14 anos é
novinha demais para participar
de um evento como esse."
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