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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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PERSONALIDADE

Ator era famoso por personagens cômicos

Parceiro de Fellini, o ídolo italiano Alberto Sordi morre aos 82 anos

DA REDAÇÃO

Aos 82 anos e com mais de 150 filmes no currículo, morreu anteontem em Roma o lendário ator italiano Alberto Sordi.
Ator com mais de 60 anos de carreira, Sordi morreu em consequência de bronquite. Anteriormente, havia lutado contra um câncer por seis meses. Ele era solteiro e não tinha filhos.
"Sordi nos ajudou a entender a Itália pós-Segunda Guerra nos fazendo rir", afirmou ontem o ministro da Cultura da Itália, Giuliano Urbani.
A atriz Sophia Loren afirmou que a morte do amigo é um dos piores acontecimentos por que já passou. "Ele era um grande amigo e um dos nossos melhores atores cômicos. Nos deixa com um sentimento de nostalgia e melancolia por tempos que já passaram."
Sordi cativou gerações de cinéfilos com suas interpretações de sujeitos comuns, ordinários, sabendo tirar de situações e cenas corriqueiras em suas comédias momentos mágicos e hilários.
Entre os filmes do ator italiano, estão algumas das mais elogiadas produções de seu país, como "A Grande Guerra" (1969), "Esses Homens Maravilhosos com Suas Máquinas Voadoras" (65), "O Juízo Universal" (61) e "O Médico e o Charlatão" (57); Ettore Scola, Mario Monicelli e Dino Risi dirigiram longas com Sordi.
Uma das mais célebres parcerias de Sordi aconteceu com Federico Fellini. O ator e o diretor trabalharam juntos em diversos filmes, como "Roma de Fellini" (72), "Os Boas-Vidas" (53) e "O Abismo de um Sonho" (52).

Pares românticos
Nascido em 15 de junho de 1920, Sordi começou sua carreira em 1937, dublando filmes americanos -sua voz foi emprestada para o personagem de Oliver Hardy em "O Gordo e o Magro". O primeiro longa em que atuou foi "Il Feroce Saladino", de 1937, dirigido por Mario Bonnard.
Apesar de não ter a beleza de alguns de seus conterrâneos, como Marcelo Mastroianni ou Vittorio de Sica, eram famosos os pares românticos interpretados por Sordi. Em vários de seus filmes, ele vivia personagens sem esperança que, no final, terminavam com belas mulheres.
No seu último filme, "Incontri Proibiti" (Encontros proibidos), em que dirige e atua, Sordi interpreta um septuagenário que é paquerado por uma linda jovem.


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