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PERSONALIDADE
Ator era famoso por personagens cômicos
Parceiro de Fellini, o ídolo italiano Alberto Sordi morre aos 82 anos
DA REDAÇÃO
Aos 82 anos e com mais de 150
filmes no currículo, morreu anteontem em Roma o lendário ator
italiano Alberto Sordi.
Ator com mais de 60 anos de
carreira, Sordi morreu em consequência de bronquite. Anteriormente, havia lutado contra um
câncer por seis meses. Ele era solteiro e não tinha filhos.
"Sordi nos ajudou a entender a
Itália pós-Segunda Guerra nos fazendo rir", afirmou ontem o ministro da Cultura da Itália, Giuliano Urbani.
A atriz Sophia Loren afirmou
que a morte do amigo é um dos
piores acontecimentos por que já
passou. "Ele era um grande amigo
e um dos nossos melhores atores
cômicos. Nos deixa com um sentimento de nostalgia e melancolia
por tempos que já passaram."
Sordi cativou gerações de cinéfilos com suas interpretações de sujeitos comuns, ordinários, sabendo tirar de situações e cenas corriqueiras em suas comédias momentos mágicos e hilários.
Entre os filmes do ator italiano,
estão algumas das mais elogiadas
produções de seu país, como "A
Grande Guerra" (1969), "Esses
Homens Maravilhosos com Suas
Máquinas Voadoras" (65), "O
Juízo Universal" (61) e "O Médico
e o Charlatão" (57); Ettore Scola,
Mario Monicelli e Dino Risi dirigiram longas com Sordi.
Uma das mais célebres parcerias de Sordi aconteceu com Federico Fellini. O ator e o diretor
trabalharam juntos em diversos
filmes, como "Roma de Fellini"
(72), "Os Boas-Vidas" (53) e "O
Abismo de um Sonho" (52).
Pares românticos
Nascido em 15 de junho de 1920,
Sordi começou sua carreira em
1937, dublando filmes americanos -sua voz foi emprestada para o personagem de Oliver Hardy em "O Gordo e o Magro". O primeiro longa em que atuou foi "Il
Feroce Saladino", de 1937, dirigido por Mario Bonnard.
Apesar de não ter a beleza de alguns de seus conterrâneos, como
Marcelo Mastroianni ou Vittorio
de Sica, eram famosos os pares
românticos interpretados por
Sordi. Em vários de seus filmes,
ele vivia personagens sem esperança que, no final, terminavam
com belas mulheres.
No seu último filme, "Incontri
Proibiti" (Encontros proibidos),
em que dirige e atua, Sordi interpreta um septuagenário que é paquerado por uma linda jovem.
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