São Paulo, quinta, 26 de fevereiro de 1998

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Almas impregnadas

HELOISA SEIXAS
Esquecia tudo. Podia adorar um livro ou um filme, mas pouco depois a história desaparecia de sua mente, como se afundasse em areia movediça. Até que uma amiga lhe deu uma explicação para o fenômeno: disse que isso só acontece com as pessoas que "lêem com a alma", usando um canal que não o da razão. A esses, disse, é dado o esquecimento. Mas só por um tempo. Os sentimentos, os fantasmas, os terrores e prazeres que vagam pelas histórias se impregnam na alma dessas pessoas e um dia -quando elas menos esperam- se desprendem. Para o bem ou para o mal.



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