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PERSONALIDADE
Ator é acusado de participar de uma rede de prostituição
Robert De Niro, irado, afirma
que não volta mais à França
das agências internacionais
O ator americano Robert De Niro fez declarações furiosas anteontem contra a polícia francesa, que
o persegue por suposto envolvimento em uma rede de prostituição de luxo.
"Não voltarei mais a colocar os
meus pés na França. Desaconselharei meus amigos a virem para
cá. Não dou a mínima para o Festival de Cinema de Cannes, e devolverei o mais rápido possível o título de "Legião de Honra" à embaixada francesa", disse De Niro anteontem em entrevista intitulada
"Um americano irado" ao jornal
"Le Monde".
"Não vejo motivo algum para
querer esse tipo de honraria ("Legião de Honra") de um país que
desrespeita seus lemas: liberdade,
fraternidade e igualdade. Estou
muito mais do que furioso."
De Niro foi detido no último dia
10, em Paris, pela polícia francesa
e passou por um interrogatório,
como testemunha, durante nove
horas, em uma investigação comandada pelo juiz Frederic N'Guyen sobre uma rede internacional
de prostituição.
"Nunca paguei por uma mulher
em minha vida. E mesmo se o tivesse feito, não seria crime", disse.
De Niro está na França gravando
o filme "Le Ronin", do diretor
John Frankenheimer, do qual é
protagonista, sobre uma história
de seis mercenários.
O ator deverá permanecer em
Paris até março, até concluir as filmagens.
O juiz D'Guyen investiga uma
rede de prostituição de luxo para
homens de negócios, príncipes
árabes, atores e pessoas do showbiz, desmembrada no ano passado, que inclui alguns nomes famosos, além o de De Niro.
"Havia jornalistas dizendo que
eu estava fugindo (da Justiça). Saí
por quatro dias de Paris e voltei
para trabalhar. Isso é tudo. Não sabia que se tratava de algo sério",
disse De Niro, se referindo ao fato
de a polícia tê-lo procurado pela
primeira vez quando estava ausente da capital francesa.
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