São Paulo, quinta, 26 de fevereiro de 1998

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PERSONALIDADE
Ator é acusado de participar de uma rede de prostituição
Robert De Niro, irado, afirma que não volta mais à França

das agências internacionais

O ator americano Robert De Niro fez declarações furiosas anteontem contra a polícia francesa, que o persegue por suposto envolvimento em uma rede de prostituição de luxo.
"Não voltarei mais a colocar os meus pés na França. Desaconselharei meus amigos a virem para cá. Não dou a mínima para o Festival de Cinema de Cannes, e devolverei o mais rápido possível o título de "Legião de Honra" à embaixada francesa", disse De Niro anteontem em entrevista intitulada "Um americano irado" ao jornal "Le Monde".
"Não vejo motivo algum para querer esse tipo de honraria ("Legião de Honra") de um país que desrespeita seus lemas: liberdade, fraternidade e igualdade. Estou muito mais do que furioso."
De Niro foi detido no último dia 10, em Paris, pela polícia francesa e passou por um interrogatório, como testemunha, durante nove horas, em uma investigação comandada pelo juiz Frederic N'Guyen sobre uma rede internacional de prostituição.
"Nunca paguei por uma mulher em minha vida. E mesmo se o tivesse feito, não seria crime", disse.
De Niro está na França gravando o filme "Le Ronin", do diretor John Frankenheimer, do qual é protagonista, sobre uma história de seis mercenários.
O ator deverá permanecer em Paris até março, até concluir as filmagens.
O juiz D'Guyen investiga uma rede de prostituição de luxo para homens de negócios, príncipes árabes, atores e pessoas do showbiz, desmembrada no ano passado, que inclui alguns nomes famosos, além o de De Niro.
"Havia jornalistas dizendo que eu estava fugindo (da Justiça). Saí por quatro dias de Paris e voltei para trabalhar. Isso é tudo. Não sabia que se tratava de algo sério", disse De Niro, se referindo ao fato de a polícia tê-lo procurado pela primeira vez quando estava ausente da capital francesa.



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