|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Museu do Prado exibe a visão dos holandeses
do enviado a Madri
Do outro lado do Paseo de Recoletos, quase em frente à Casa da
América, o museu do Prado abriga
toda uma sala dedicada à reflexão
sobre os sentidos na pintura holandesa do século 17.
Mesas fartas, concertos de aves,
jardins floridos, animais peçonhentos, espelhos e lentes representam os cinco sentidos: visão,
audição, olfato, tato e paladar (veja
quadro nesta página).
Os trabalhos mais emblemáticos
da sala foram feitos por Jan Brueghel (1568-1625) com colaboração
de Rubens (1577-1640). São telas
que combinam uma visão alegórica e mitológica com os dilemas espirituais e cotidianos do homem.
Trata-se de uma série que homenageia cada um dos sentidos.
Em "Visão", um cupido apresenta a Vênus a tela "A Cura do Cego",
que mostra Cristo como aquele
que pode recuperar não apenas a
visão física do homem, mas também a espiritual.
Em "Tato", o contato físico se dá
a partir do beijo entre Vênus e o
Amor. A tela traz ainda um falcão,
ave que, apesar de também ser associada à visão, relaciona-se com o
tato, pois repousa no braço do caçador.
"Paladar" traz um sátiro servindo um grande cálice a uma ninfa.
No primeiro plano, em uma mesa
abundante, repousam faisões, patos, coelhos, cervos, javalis e toda
sorte de animais comestíveis.
"Olfato" apresenta Vênus e um
cupido repousando em um jardim
ao ar livre ao lado de esquilos e um
cão. Em "Audição", é Vênus quem
toca a lira para os ouvidos atentos
de cupido e de um cervo (animal
símbolo desse sentido).
(CF)
Texto Anterior: Artes Plásticas: Mostra em Madri dribla os sentidos Próximo Texto: Alegoria do amor entre Deus e seus fiéis Índice
|